Um estudo sobre solidariedade e responsabilidade social em Portugal revelou que 30% dos inquiridos afirmaram contribuir de “forma regular” com donativos para ações sociais, valor que quase triplicou face a 2010. O número de pessoas que deixou de apoiar instituições de solidariedade e organizações não-governamentais, contudo, também cresceu, de acordo com a investigação “Solidariedade e a Responsabilidade Social em Portugal – onde estamos?”, que compara os dados com os resultados de um trabalho semelhante realizado em 2010.
“Se, em 2010, eram 46% a afirmar que não contribuíam para qualquer causa solidária, agora são 54% a assumir esse posicionamento”, avança o estudo, reconhecendo que o “agudizar da crise económica” terá contribuído para esta situação. Os dados mostram, ainda assim, que os portugueses estão “mais sensíveis e colaborantes” com ações de índole social, com apenas 12% dos inquiridos a referirem “não saber ou ainda não ter pensado sobre o assunto”. As crianças e os idosos são os grupos considerados prioritários para o apoio social por 76% dos inquiridos, seguindo-se os deficientes (54%), os doentes (51%) e os sem-abrigo (48%).
O estudo, promovido pela Associação LINK, sublinha ainda “a boa adesão” revelada por 72% dos inquiridos de fazerem um donativo no momento do pagamento das compras. A compra de géneros alimentares é a forma de donativo preferida pelos portugueses (74% contra 56% em 2010), seguindo-se as ações de voluntariado (35%), os donativos em peditório de rua (31%) e no momento do pagamento de compras (27%).
Quarta-feira 6 Novembro, 2013
Portugueses mais solidários na doação de alimentos
Estudo mostra que a população portuguesa está mais sensibilizada para as ações de índole social.