
Dezenas de cidadãos estão a oferecer-se para acolher famílias ou crianças refugiadas, segundo revelou a presidente do Conselho Português para os Refugiados (CPR), Teresa Tito Morais, que também já recebeu ofertas de empresas e instituições.
“Há um sinal de mobilização da sociedade civil. As pessoas oferecem o que podem. Umas dizem que podem receber um casal com filhos, outros que podem receber crianças não acompanhadas”, referiu, acrescentando que, no último mês, as ofertas, “às dezenas”, têm surgido um pouco de todo o país. Portugal deverá começar a receber brevemente cerca de 1500 refugiados, provenientes sobretudo da Síria, sendo que o Governo informou ter uma estratégia para auxílio humanitário, que inclui os ministérios dos Negócios Estrangeiros, Defesa Nacional, Administração Interna, Saúde, Segurança Social e Educação. A presidente do CPR considera que a operação deveria ser feita com maior brevidade. “Eu preferia que já se tivesse começado a preparar este sistema de acolhimento. Nós, desde maio, temos feito contactos com autarquias. Só neste último mês, por exemplo, recebemos em nome individual, mais de vinte e-mails de pessoas disponíveis para acolher”, referiu.
Teresa Tito Morais lamentou ainda que o nosso país só vá dar acolhimento a cerca de 1500 refugiados nos próximos dois anos, número que considera “ridículo”.