Segundo o especialista em Bioética, “há todas as condições para podermos fazer aqui um bom trabalho que se venha a traduzir não apenas numa especulação intelectual, mas numa ferramenta concreta que pode ser de grande utilidade, sobretudo em países onde estes valores estão menos defendidos, mas também em Portugal, onde ainda temos muitos passos para dar”.
“O trabalho que propusemos e que ganhou por votação dos diferentes centros demonstra que faz sentido a Unesco, que é a grande organização de defesa da educação, cultura, ciência e da igualdade, ter como matriz uma declaração de igualdade de género, que é de aplicação tanto em países mais desenvolvidos, como Alemanha ou Portugal, como em países onde a igualdade de género ainda esta a dar os primeiros passos”, acrescentou ainda Rui Nunes, à Lusa.
O especialista disse, também, que “a ideia é apresentar uma proposta como se fez há 10 anos com o testamento vital à Assembleia da República. Desta vez iremos apresentar a nossa proposta à Unesco para que os seus órgãos próprios venham a discutir e, se for caso disso, aprovar a proposta nos moldes que vamos sugerir”.