Portugal pode ser elegível para mais ajuda no pós-troika

O partido de Angela Merkel considera que Portugal pode ser elegível para mais ajuda no pós-troika devido aos progressos conseguidos pelo Governo.

O vice-presidente dos democratas-cristãos no Parlamento alemão (CDU/CSU), o partido de Angela Merkel, defendeu esta segunda-feira que, tendo em conta os progressos consideráveis efetuados pelo Governo português, o país pode ser elegível para mais ajuda quando o atual programa terminar. “Para mim, Portugal fez grandes esforços políticos, tanto para aumentar a competitividade como em termos de consolidação orçamental”, notou Michael Meister, vice-presidente do grupo parlamentar dos democratas-cristãos, em entrevista à agência financeira Bloomberg, publicada ontem. O responsável não especificou a que tipo de programa se referia, esclarecendo apenas que Portugal teria de apresentar um pedido aos países do euro e ao Mecanismo Europeu de Estabilidade, depois do qual os credores internacionais iriam fazer a sua avaliação e apresentariam uma proposta com as possíveis ajudas a conceder e com as contrapartidas exigidas. Ainda assim, reconheceu que um programa de acompanhamento posterior “não está na agenda”.
Aliás, tanto o Governo português como Bruxelas têm negado a negociação de um segundo programa de resgate para Portugal. “Não, não e não, no que depende das famílias e dos cidadãos, no que depende da economia e das suas empresas, no que depende do Governo de Portugal e creio que de todas as instituições com responsabilidade em Portugal não haverá segundo resgate para ninguém”, assegurou o ministro António Pires de Lima. Também o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, garantiu que “não há qualquer preparação de um outro programa” de assistência financeira a Portugal e que todos os esforços estão concentrados na implementação bem sucedida do atual.