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Junta da Galiza

Portugal numa chávena de café

Portugal numa chávena de café

Curto, duplo, abatanado, à italiana ou com cheirinho. Pode ser pedido de várias formas, mediante as várias localidades do país, e em inúmeras circunstâncias. Há quem o venere, quem o abomine e quem só se interesse pelo seu cheiro. O café é rei e senhor nas mesas portuguesas e, segundo os especialistas, a maior parte dos cidadãos não lhe resiste…

Em Portugal, há uma grande tradição no que à arte de beber café diz respeito, com mais de 80% dos portugueses a assegurar consumi-lo diariamente, de acordo com um estudo divulgado pela Associação Industrial e Comercial do Café (AICC). É bebido logo pela manhã, em jejum ou imediatamente após o pequeno-almoço, a meio da manhã, depois do almoço, a meio da tarde ou pela “noite dentro”. Mas, afinal, como se pede um café em terras lusas?

Existem inúmeras respostas e ao que parece nenhuma delas está errada. Dizem os especialistas que se, porventura, quiser um café dito “normal” a melhor forma de o conseguir é pedindo simplesmente um “café” ou “cimbalino”, expressões maioritariamente utilizadas a Norte de Portugal, ou uma “bica”, mais usada a Sul.

Mas se gosta de um café mais forte, que, visualmente, cubra apenas o “fundo” da chávena então deve pedir um café curto ou à italiana. Ou, então, um “café duplo”ou “abatanado”, caso queira sentir a mesma intensidade do café, mas numa chávena maior.

Já os aficionados pelo café com um sabor mais leve devem solicitar um “café cheio”. Este é servido numa chávena idêntica à do “café curto”, a única diferença é que é adicionada mais água à mesma concentração de café, o que faz com que fique “cheio” até ao topo.

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Mas nem só destas designações vive o café português. Há também quem o peça “em chávena escaldada”, o que significa que a chávena deve ser aquecida na máquina de café através da pulverização com água muito quente, em “chávena fria”, que obriga à passagem da chávena por água fria, “com cheirinho”, ou seja, com um toque de bagaço, ou ainda “sem ponta”. Neste caso, deve tirar-se, primeiramente, um café e depois de saírem as primeiras gotas colocar-se a chávena por baixo do manípulo.

Quando o café se mistura com o leite, entra-se numa nova montanha russa de designações. Na região Sul, por exemplo, utiliza-se muito o nome “garoto”, que representa um café servido com um pingo de leite frio ou espuma, conhecido no Norte como “café pingado”. Pedido durante todo o ano, especialmente no período matutino, é o galão ou a meia de leite, que, resumidamente, se diferenciam apenas pelo artigo onde é servido. O galão [café com leite] costuma ir para a mesa num copo de vidro, enquanto a meia de leite é servida numa chávena grande.

Independentemente da forma e do tipo de chávena em que é servido, o café é, indiscutivelmente, um dos bens mais consumidos pelo público português. Um estudo do instituto Multidados revelou, inclusive, recentemente, que mais de 40% dos portugueses tomam dois cafés por dia, sendo que, pelo menos, 22% chega mesmo a tomar entre três e cinco cafés, e que quase 60% bebem ao acordar.

E, atenção, porque existem boas notícias para os aficionados pela cafeína… É que, segundo asseguram os investigadores, quem bebe, pelo menos, um café por dia tem tendência a viver mais do que quem não o faz, além de possuír um “melhor controlo motor e maiores níveis de atenção”.

Por isso, se ainda não bebeu um café hoje, curto, duplo ou mesmo pingado, o melhor é fazê-lo o quanto antes!

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