
Chama-se STARLab e é um laboratório conjunto de investigação e desenvolvimento tecnológico para o espaço e para os oceanos que vai ser criado por Portugal e a China. O projeto envolve um investimento de 50 milhões de euros nos próximos cinco anos para fabricar pequenos satélites em Matosinhos e Peniche.
O laboratório STARLab prevê a construção de microssatélites e a observação dos oceanos. O projeto foi divulgado esta terça-feira pelo ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor.
Em declarações à agência Lusa, o governante avançou que o STARLab estará a funcionar em pleno em março e terá dois polos, um em Matosinhos e outro em Peniche.
Trata-se de um investimento global de 50 milhões de euros a cinco anos, repartido em partes iguais entre Portugal e a China, sendo que o financiamento português, de 25 milhões de euros, será público e privado. Segundo explicou o ministro, o investimento será canalizado sobretudo para o emprego qualificado, designadamente de engenheiros, e para a produção de microssatélites, setor no qual a China tem crescido.
O laboratório irá “desenvolver microssatélites em interligação com sensores em terra e no mar” que possam medir “as condições atmosféricas e a humidade do solo”, essenciais para a agricultura, e fazer observações oceânicas.
A criação do STARLab será formalizada com assinatura de um protocolo entre os dois países durante a visita oficial do presidente chinês, Xi Jinping, a Portugal, prevista para dezembro. O laboratório resulta de uma colaboração entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia, a empresa aeroespacial Tekever e o Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, que tem projetos na área da vigilância marítima e exploração do mar profundo, e a Academia de Ciências Chinesa, através dos institutos de microssatélites e de oceanografia.