A partir da próxima sexta-feira, 1 de outubro, Portugal vai avançar para a terceira e última fase do plano de desconfinamento elaborado pelo Governo, anunciou António Costa, depois do Conselho de Ministros.
Depois do Conselho de Ministros, António Costa afirmou que Portugal está em “condições de poder avançar para a terceira fase” de levantamento de restrições relativas à pandemia.
Assim, volta a ser possível ir a bares e discotecas, desde que seja apresentado o “certificado digital” de vacinação, e terminam os limites de horários para funcionamento de estabelecimentos assim como os limites de pessoas por grupo em restaurantes.
Adicionalmente, termina também a exigência de apresentação do certificado digital em restaurantes, estabelecimentos turísticos e alojamento local. Por sua vez, este continuará a ser obrigatório para viagens aéreas e marítimas, acesso a lares e estabelecimentos hospitalares ou para acesso a “grandes eventos culturais, desportivos ou corporativos”.
O comércio, casamentos e batizados, espetáculos culturais e festas populares deixam também de ter limites de lotação.
Segundo António Costa, Portugal apresenta, atualmente, um valor de R(t) muito próximo do valor registado em março: 0,81 de R(t) face aos 0,78 de março. “A grande diferença é desde logo no risco de transmissibilidade e tem a ver com o impacto na vacinação (…) Esta foi determinante, é determinante para continuarmos a reduzir a taxa de incidência”, salientou, adiantando que o país deverá atingir, já na próxima semana, a meta de 85% da população com vacinação completa.
A máscara continuará, por sua vez, a ser obrigatória nos transportes públicos, lares, hospitais e nas salas de espetáculos, eventos e grandes superfícies”. “Mantemos a obrigatoriedade da máscara nos locais de grande frequência, os locais de risco, onde há população vulnerável (lares) ou população hospitalar e locais onde se podem vir a verificar grandes aglomerações por um período duradouro, como são as salas de espetáculos ou de algum tipo de eventos)”, explicou o chefe de Governo.
Durante a apresentação, o primeiro-ministro realçou que Portugal entra agora “numa fase que assenta essencialmente na responsabilidade individual de cada um” e recordou os portugueses que “a pandemia ainda não acabou”.
“Podendo considerá-la controlada a partir do momento em que se atinge os 85% da população vacinada, o risco permanece. Sabemos todos que as vacinas não atingem 100% de imunidade, sabemos que há uma faixa muito pequena de recusas de vacinação, sabemos que há toda a população com menos de 12 anos que não está vacinada e, por isso, o risco existe”, completou.
Desta forma, regras como o distanciamento físico e a higienização das mãos continuam a ser aconselhadas, de forma a evitar ao máximo a transmissão do SARS-CoV-2.