
Desde o início dos anos 80 do século passado que a população residente no Porto não crescia, mas segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística, isso aconteceu em 2017, havendo agora 214.353 residentes na cidade, mais do que em 2016.
O pico aconteceu no final da década de 70, quando o Porto chegou a ter 330 mil habitantes, mas, desde então, foi perdendo, sem interrupções, até 2017, ano em que, pela primeira vez, regista um aumento relativamente ao ano transacto. Sendo o número muito escasso, ele demonstra uma inversão da linha de queda, o que já se vinha adivinhando nos dois últimos anos, o que também coincide com o número de eleitores.
Curiosamente, se a população do Porto subiu de 2016 para 2017, isso acontece em contraciclo com o país, que perdeu 25 mil no último ano, e com a Área Metropolitana do Porto, que perdeu dois mil habitantes, assim como com outros municípios vizinhos à Invicta, como Vila Nova de Gaia, que desceu dos 300 mil habitantes pela primeira vez desde 2001, e Gondomar que também perdeu população residente, enquanto a Maia e Matosinhos subiram.
De acordo com o estudo do INE, Portugal perdeu 25 mil pessoas em 2017, relativamente a 2016. Há agora 10,3 milhões de portugueses a viver no território nacional, 214 mil dos quais na cidade do Porto e 1,7 milhões na Área Metropolitana do Porto. Tal como o Porto, também Lisboa inverteu o processo de perda de habitantes em 2017, subindo marginalmente.
Estes números, que resultam dos dados estatísticos produzidos pelo Instituto Nacional de Estatística, coincidem com os dados que resultam do recenseamento eleitoral que também indicou, pela primeira vez em décadas, um aumento do número de eleitores na cidade do Porto em 2017.