A Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) integra um projeto que, com o objetivo de “construir sistemas de transporte inteligentes e abordagens de transporte integrado”, vai testar, durante o outono, serviços de “shuttles” autónomos na zona da Asprela.
A notícia foi avançada pela Agência Nacional de Inovação (ANI), que, em comunicado enviado à VIVA!, explicou que o projeto, intitulado FABULOS, pretende “possibilitar o desenvolvimento sustentável do transporte público e tornar cada vez mais possível uma realidade futura com menos carros”.
De referir que a STCP integra o consórcio do Forum Virium Helsinki (Finlândia), do qual fazem parte os municípios de Helmond (Holanda), Gjesdal (Noruega) e Lamia (Grécia). Além disso, existem ainda mais quatro consórcios, a saber: Sensible 4 – Shotl, Mobile Civitatem, AuVeTech e Fleet Complete e o Saga.
Numa primeira fase, os cinco consórcios escolhidos desenvolveram “um conceito e arquitetura do sistema capaz de operar autocarros autónomos” e, durante a segunda etapa, foram quatro os “consórcios bem-sucedidos no desenvolvimento de protótipos com base nas suas soluções de serviço de shuttle”.
Atualmente, há três consórcios a realizar testes de campo, sendo que os primeiros pilotos foram lançados em abril, em Gjesdal, Helsínquia e Tallinn (Estónia). Durante o outono, serão lançados pilotos no Porto, na zona da Asprela, onde estão concentrados universidades e o Centro Hospitalar Universitário de São João, sendo uma das principais frotas da STCP na cidade invicta, e em Lamia e Helmond.
“Durante o período de testes piloto serão testadas três soluções diferentes de serviço de shuttle autónomo em cada uma das cidades: a funcionalidade, a interoperabilidade e a segurança nas frotas autónomas”, refere ainda a ANI, salientando que a localização de cada piloto tem os seus próprios desafios especiais. No Porto, por exemplo, “as novas viaturas devem trazer melhorias no nível de serviço e uma economia substancial de custos numa das principais zonas de oferta de transportes públicos”.
Em todos os locais, os “serviços de shuttle serão testados para assegurar a funcionalidade da operabilidade remota a partir da sala de controlo”, sendo que “devem ser capazes de ultrapassar autonomamente obstáculos como carros estacionados”.
“Espera-se que os shuttles não tenham motorista e só será permitida uma pessoa da segurança a bordo se os regulamentos locais o exigirem”, conclui a agência.