A Alfândega do Porto recebe, a partir desta quinta-feira e até sábado, a primeira edição do Melting Gastronomy Summit, que vai juntar mais de 30 oradores nacionais e internacionais para refletir sobre a gastronomia.
A alimentação é o foco do evento, cujo programa inclui, além das conversas e debates, provas, showcookings, almoços e jantares, exibição de filmes, arte e também um mercado de produtos portugueses.
As ‘talks’ do primeiro Congresso Internacional de Gastronomia de Portugal serão moderadas por Miguel Esteves Cardoso, Ricardo Dias Felner, Nuno Queiroz Ribeiro e José Diogo Albuquerque.
O painel de convidados inclui nomes como os de Matthew Kenney, expoente da cozinha “plant-based”, o chefe taiwanês Andre Chiang, o crítico do The Guardian Jay Rayner, Rafael Ansón, presidente da Academia Internacional de Gastronomia, a brasileira Roberta Sudbrack, eleita em 2015, pela revista “Restaurant”, como a melhor chefe da América Latina e ainda os portugueses João Rodrigues, Miguel Rocha Vieira e Noélia Jerónimo. Há também participantes de áreas como os vinhos (Filipa Pato, Dirk Niepoort ou George Sandeman) ou do pão (Diogo Amorim, da Gleba, ou Paulo Sebastião, da Isco).
No último dia do encontro, sábado, terá lugar a oficialização da Confraria da Dieta Atlântica. O objetivo, segundo o jornal Público, é candidatar a dieta atlântica a Património Imaterial da Humanidade. Assim, a organização aproveitará o Dia Nacional do Mar (16 de novembro) para oficializar o projeto, que vai juntar nove parceiros, portugueses e galegos, entre os quais se inclui a AGAVI – Associação para a Promoção da Gastronomia, Vinhos, Produtos Regionais e Biodiversidade -, entidade promotora do Melting. A dieta atlântica tem por base a dieta mediterrânica – já classificada como Património Mundial – mas coloca mais ênfase no mar, no consumo de peixe, marisco e dos produtos plantados à beira do Atlântico.
Destaque ainda para o Melting Market, a funcionar ao longo dos três dias do evento, e que conta com a participação de 40 marcas e mais de 150 produtos nacionais e internacionais relacionados com a indústria agro-alimentar. Aqui o público poderá provar e comprar “produtos gastronómicos que vão desde os vinhos, acessórios de cozinha e mesa, livros e vários objetos que possam ser usados na mais perfeita experiência gastronómica”. “A entrada tem o preço simbólico de cinco euros, que inclui um copo, dois euros para compras nos expositores e um euro reverte para o Banco Alimentar Contra a Fome”, destacou ao Público António de Souza-Cardoso, presidente da AGAVI.
O encontro contempla ainda o Melting Lab, com nove apresentações de cozinha, por dia (limitadas ao espaço de lugares na assistência), e um espaço reservado à arte, com a apresentação de uma instalação artística da autoria de Ricardo Nicolau de Almeida (intitulada Supertrump) e a instalação sensorial de uma food designer holandesa (The trEATment). Já o Melting Moovies combina filmes e gastronomia, com a apresentação de alguns filmes curtos premiados no Devour! The Food Film Fest, o maior festival de filmes gastronómicos do mundo.