
O Centro Comercial STOP está prestes a ser reconhecido como monumento de interesse municipal, com a proposta final de classificação já concluída e pronta para ser votada na reunião do Executivo na próxima segunda-feira, 24 de fevereiro. Esta medida visa reforçar a proteção e valorização deste emblemático espaço, que tem sido um pilar fundamental da cena musical do Porto.
O edifício, construído em 1936 e originalmente concebido como uma estação de serviço, integra a primeira geração de centros comerciais da cidade. A sua transformação, ao longo dos anos, culminou na década de 1980, quando passou a ser um espaço dedicado à música, tornando-se um ponto de referência para a criação, ensaio e ensino artístico.
Na proposta em análise, o presidente da Câmara do Porto destaca que o STOP representa um processo de modernidade e um “projeto civilizacional”, funcionando como uma experiência estética que envolve tanto indivíduos como pequenos coletivos, e que se reflete no panorama cultural mais amplo da cidade. (via Porto.)
O reconhecimento do STOP enquanto símbolo incontornável da música portuense vai além das fronteiras da região, sendo apontado como um dos casos mais singulares da produção e dinâmica musical na Europa. Rui Moreira sublinha ainda que este espaço se tem reinventado ao longo das décadas, acompanhando e influenciando tendências musicais, o que reforça a sua importância como elemento identitário do Porto.
A classificação como monumento de interesse municipal prevê ainda a criação de uma zona de proteção de 50 metros em redor do edifício. Durante a reunião em que foi aprovado o avanço deste processo, o presidente da autarquia recordou que o município tentou, em diversas ocasiões e até em articulação com o Governo, encontrar formas de intervir em centros comerciais devolutos ou financiar obras no STOP. Contudo, são os próprios músicos que frequentam o espaço que manifestaram a vontade de preservar a sua essência sem interferências externas.