Em causa está “grande parte” dos terrenos do Aeroporto Francisco Sá Carneiro que, explicou o responsável, foram expropriados pela CMP ainda que pertençam à Maia e a Matosinhos. “Grande parte dos terrenos onde está o aeroporto foram expropriados, antes das obras, não só, mas também, pela Câmara do Porto. É uma situação análoga [à de Lisboa]. A diferença é que, no Porto, a câmara comprou e expropriou fora do município e em Lisboa foi na área do próprio município”, referiu, citado pela Lusa. As declarações do autarca surgem depois de o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, ter anunciado que o Governo vai pagar 286 milhões à autarquia para resolver um contencioso judicial relativo aos terrenos do Aeroporto da Portela.
Rui Rio defendeu ainda que é necessário que o Governo comece “por cortar no desperdício e só depois, se tiver de ser, cortar onde não é desperdício”. Para o autarca, a maior fatia de desperdício “é na capital do país e não há notícias de haver grandes cortes aí”. Assim sendo, o responsável anunciou que vai enviar uma carta a contestar o encerramento de serviços públicos em todo o país, “menos em Lisboa”.
Terça-feira 31 Julho, 2012