Na noite de 23 para 24 de junho, data em que se celebra o São João, festa já cancelada pela Câmara Municipal do Porto devido à pandemia de covid-19, “não haverá transportes” e as ruas terão “fiscalização e policiamento reforçados”, anunciou, na quarta-feira, a autarquia, depois de uma reunião que juntou o presidente, Rui Moreira, e os conselheiros dos Conselhos Municipais de Segurança e Economia para debater o desconfinamento na cidade.
“Hoje não estamos em estado de emergência e esperamos não estar no dia 23 de junho. Mas sendo assim não podemos impedir as pessoas de circular e não podemos tentar impor medidas que as pessoas não cumprem e que não podemos obrigá-las a cumprir”, destacou o autarca, apelando que “as sardinhas sejam comidas em família e que não se estrague, numa noite, o admirável exemplo de civismo que os portuenses têm dado ao país”.
Segundo o comunicado, divulgado pelo município, a proposta foi aceite pelos administradores da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) e da Metro do Porto, que terão concordado que na noite de São João não haverá o habitual reforço da operação dos transportes públicos para a Baixa e Centro Histórico, epicentros da festa.
Por sua vez, a Câmara também não irá proceder aos habituais cortes de trânsito em artérias “que propiciem o ajuntamento dos foliões”.
O objetivo da autarquia é que os festejos deste ano, marcado pela pandemia, sejam “circunscritos ao menor aglomerado de pessoas possível”, razão pela qual vai apostar numa “campanha de comunicação” para esse efeito.
Recorde-se que as festas de São João, nomeadamente concertos e fogo de artifício, foram canceladas logo no início do mês de abril, numa altura em que o Norte era uma das regiões mais afetadas pelo novo coronavirus.