O Porto quer posicionar-se enquanto município de referência na promoção da saúde, pautando a sua atuação na área da prevenção. Esta foi, precisamente, uma das premissas estabelecidas pelo presidente da Câmara do Porto na sessão de aberturas das II Jornadas Municipais de Saúde, que decorreram no auditório do ICBAS – Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar.
Rui Moreira destacou todo o processo de elaboração do Plano Municipal de Saúde do Porto, enquanto instrumento diretor na área das políticas de saúde da cidade, precisamente a temática deste encontro entre profissionais das áreas da saúde e social, bem como as entidades parceiras da Câmara e demais agentes que atuam direta ou indiretamente no setor da saúde.
“Pretendemos que seja um documento estruturante que, de uma forma prática e clara, defina as opções municipais em matéria de saúde”, disse, e salvaguardou que o plano não deve ser entendido como uma ferramenta de substituição das competências das entidades prestadoras de cuidados de saúde nos seus diferentes níveis, mas sim “como um documento agregador dos eixos orientadores estratégicos das várias entidades parceiras que, em conjunto, convergem para o grande objetivo de potenciar a saúde e bem-estar das pessoas e da comunidade”.
Rui Moreira lamentou a não comparência das entidades do Estado nestas jornadas e o arrastar de processos relativos a equipamentos de saúde da cidade, nomeadamente os Centros de Saúde de Ramalde, do Cerco, da Batalha e de Azevedo de Campanhã. “A Câmara tem feito aquilo com se comprometeu”, assegurou.
As obras na ala pediátrica do Hospital São João foram igualmente relembradas pelo autarca. “Se [as entidades estatais] ficam incomodadas relativamente às posições que a Câmara Municipal toma relativamente ao Joãozinho, vão ter de continuar a ficar incomodadas”, disse, e acrescentou que “não apontámos o dedo a ninguém; apontámos apenas o dedo àquilo que não é feito e que precisa de ser feito”.
Recorde-se que, em outubro passado, o Porto aderiu à Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis e subscreveu a Declaração de Lagoa – Governação Local para Saúde, no âmbito do VII Fórum da Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis que se realizou naquela cidade açoriana. Assim, o Município ficou comprometido a desenvolver políticas e iniciativas para que o Porto esteja na linha da frente relativamente à promoção de estilos de vida saudáveis da população, a prevenir e evitar a doença.