Depois de isolar os idosos dos mais de 70 lares da cidade, num projeto pioneiro em Portugal de testagem à covid-19, a Câmara Municipal do Porto prepara, agora, a segunda fase do programa de proteção dos idosos, que inclui a visita dos seus familiares.
Numa nota publicada na sua página oficial, a autarquia adianta que o programa irá ter equipas móveis que promoverão as primeiras visitas aos lares, aproveitando para dar formação e ensinar as boas práticas e normas preconizadas internacionalmente, e contemplará também a oferta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) aos utentes e visitantes.
O município acredita que o confinamento antecipado dos lares do Porto terá sido “fundamental para os bons resultados” conseguidos, que revelaram que “em mais de cinco mil testes” realizados “apenas 1,4% apresentava infeção de covid-19”.
“Agora, que o Porto antecipou a crise e protegeu os seus idosos, é preciso não deixar que o trabalho se estrague. Como é necessário não deixar, de forma permanente, isolados os utentes dos lares que, em alguns casos, há dois meses não veem familiares”, lê-se ainda.
De referir que o anúncio da Câmara Municipal do Porto aconteceu no dia em que a Direção-Geral da Saúde (DGS) avançou que as visitas aos lares de idosos poderiam ser retomadas a partir do próximo dia 18 de maio.
Para que estas aconteçam com todas as medidas de segurança, a DGS recomenda um conjunto de regras como o “agendamento prévio das visitas”, que devem decorrer num espaço próprio, preferencialmente no exterior da instituição. Além disso, deverá também ser assegurado o distanciamento entre os utentes e os familiares, as medidas de etiqueta respiratória e higienização das mãos assim como a utilização de máscara.
As visitas não deverão exceder os 90 minutos.