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Porto pode vir a ser “cidade-piloto” da mobilidade aérea da Airbus

Num encontro organizado pelo CEIIA, em Matosinhos, a representante da Airbus admitiu a possibilidade de o Porto poder vir a tornar-se uma “cidade-piloto”, ou seja, espaço para teste de soluções de mobilidade urbana através de “novos tipos de transportes aéreos”.

Isabel Del Pozo, representante da gigante da aviação Airbus, admitiu, no âmbito do encontro “Urban Air Mobility – UAM” que decorreu no Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA), em Matosinhos, a possibilidade de o Porto “vir a tornar-se uma cidade-piloto” da mobilidade aérea urbana, ou seja, espaço para teste de soluções de mobilidade urbana através de “novos tipos de transportes aéreos”.

O evento, realizado no contexto da Associação Europeia de Centros de Investigação em Aeronáutica (EREA), reuniu jovens investigadores dos 15 maiores centros de investigação europeus.  

A iniciativa “Urban Air Mobility”, que pretende reunir cidades, cidadãos e empresas num sistema inovador e inteligente de transporte, é liderada pela fabricante Airbus, com o apoio da Comissão Europeia, e já se realiza em algumas cidades como Plovdiv (Bulgária), Bruxelas (Bélgica), Genebra (Suíça) e Hamburgo (Alemanha).

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Para além de soluções e partilha de ideias, no encontro também se abordaram os “grandes desafios” que a área da aeronáutica enfrenta, e Isabel Del Pozo afirmou que “para a Airbus a solução é o céu”, mencionando as atividades que a empresa fabricante de aeronaves tem em curso desde 2016 como o projeto Voom, o City Airbus e o Vahana.

No entanto, a representante salientou que para que novos projetos se desenvolvam é necessária “uma nova regulamentação europeia, um novo conceito operacional e o treino de pilotos”. A “regulamentação europeia” e a “certificação” dos projetos apresentados foram também questões levantadas por outros investigadores como Tiago Rebelo, responsável pela área de engenharia de produção para os oceanos, aeronáutica e espaço do CEiiA.

“A maior parte da investigação que se faz leva alguns anos, às vezes até décadas, a ter uma nova aplicação na indústria e a chegar ao consumidor. Portanto, aí a legislação e a certificação são áreas extremamente conservadoras e que pouco evoluíram”, explicou Tiago Rebelo à Lusa.

Ainda durante o encontro, Pablo Perez Illana, investigador em aviação da Comissão Europeia, apresentou o novo programa para a área de aeronáutica Horizon Europe Programme, que vai decorrer entre 2021 e 2027, e salientou que a aplicação destas tecnologias inovadoras pode surgir “mais depressa do que acreditamos, mas mais devagar do que é desejado”.

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