O programa de rastreio à Covid-19 a cidadãos com deficiência teve início na terça-feira, dia 14 de abril, e já permitiu a realização de testes a mais de 230 pessoas, algumas das quais em situação de sem-abrigo.
A informação é avançada pela Câmara do Porto, que relembra já terem sido testadas 3.500 pessoas nos lares da cidade. O programa municipal engloba todos os lares e residências coletivas públicas ou privadas do concelho do Porto e “é único a nível nacional”. O rastreio inclui todos os utentes e funcionários, “independentemente de qualquer cadeia de contágio conhecida e de apresentarem ou não sintomas e inclui soluções de retaguarda para acolher os idosos que deixem de poder contar com o lar onde estavam”.
Com o apoio dos Agrupamentos de Saúde da cidade do Porto, a autarquia decidiu alargar a ação às instituições dedicadas a cidadãos com deficiência e a pessoas em situação de sem abrigo, tendo sido já rastreadas mais de 230 pessoas, algumas das quais em situação de sem-abrigo.
A Câmara criou unidades de retaguarda para os idosos que deixem de possuir condições nos seus lares, bem como aumentou a capacidade do seu centro para pessoas em situação de sem-abrigo no antigo Hospital Joaquim Urbano, que pode agora acolher “mais do dobro do que acontecia anteriormente”.
“O rastreio agora promovido a estes cidadãos inclui outros albergues existentes na cidade e visa identificar casos positivos, descontinuando cadeias de contacto e proteger as unidades que os acolhem de possíveis infeções sistémicas”, salienta a autarquia.
Os 5.000 testes PCR que estão a ser usados no programa foram doados pela Fundação Fosun (Xangai), através da portuguesa Gestifute. A açãoconta com o apoio do Hospital de São João e o trabalho de campo dos centros de saúde da cidade e das autoridades de saúde locais.