
Três cidades portuguesas – Porto, Braga e Águeda – estão entre as 88 cidades em todo o mundo consideradas líderes ambientais.
Na lista divulgada esta segunda-feira pela organização internacional CDP – Transparência, Visão, Ação, a cidade do Porto está classificada como “classe A”, o que significa que a “organização responsável pelo inventário, tida como uma das mais conceituadas a nível internacional, reconhece os esforços desenvolvidos pelo Município para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e criar resistência aos impactos das alterações climáticas”, assinala a autarquia.
De acordo com a lista do CDP, a Dinamarca tem o maior número de cidades europeias com melhor pontuação, seis, seguindo-se a Suécia (cinco), a Finlândia (quatro) e depois Espanha e Portugal, com três cidades cada.
Porto, Braga e Águeda, mas também cidades como Helsínquia, Florença ou Copenhaga, estão assim “a trabalhar para se tornarem locais resilientes, saudáveis e prósperos para se viver e trabalhar, ao mesmo tempo que reduzem as emissões e constroem rapidamente resiliência contra as alterações climáticas”, lê-se no documento a que a Lusa teve acesso.
Segundo avança o Porto., a organização, que contactou o presidente da Câmara do Porto, cita-o no relatório. “O Porto comprometeu-se a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 50% até 2030. É absolutamente crucial o papel das cidades na mitigação e adaptação às alterações climáticas, liderando pelo exemplo, envolvendo empresas, universidades e cidadãos para alcançar os objetivos globais estabelecidos no Acordo de Paris”, assinalou Rui Moreira.
O autarca fez ainda referência aos investimentos feitos em eficiência energética, produção de energia renovável e intervenções bioclimáticas em edifícios públicos, bem como transportes públicos com zero emissões de carbono, para tornar o Porto “mais saudável, mais ecológico, mais sustentável e mais resistente”.
O CDP (que até recentemente se chamava “Carbon Disclosure Project”) é uma organização sem fins lucrativos que apoia investidores, empresas, cidades e regiões a gerir os impactos ambientais.
É financiada pela União Europeia e este ano mais de 9.600 empresas, representando mais de metade da capitalização do mercado global, divulgaram os dados ambientais através do CDP.
Na atribuição da “classe A”, aponta a agência Lusa, o CDP tem em conta fatores como inventários das emissões à escala da cidade, metas de redução de emissões, ou planos de ação climática e de avaliação de riscos climáticos.
Este ano, apesar das pressões para combater a epidemia de covid-19, o CDP nota que as 88 cidades da lista A – 34 europeias – não pararam de combater a crise climática e estão a liderar na ação ambiental.
Foto: Filipa Brito | CM Porto