É já na próxima segunda-feira, 1 de fevereiro, que os municípios do Porto e de Matosinhos dão início à segunda edição dos Laboratórios de Educação Financeira, um projeto inovador que arrancou em outubro passado e pretende “combater o défice de literacia financeira e digital” de pessoas com idade igual ou superior a 55 anos.
No Porto, as sessões, de carácter virtual, vão realizar-se às segundas-feiras, entre as 14h30 e as 16h30, enquanto em Matosinhos decorrerão às sextas-feiras, no período da manhã, entre as 10h00 e as 11h30. Os laboratórios vão realizar-se, respetivamente, até 26 e 23 de abril.
A iniciativa em causa acontece no âmbito do programa “Eu e a Minha Reforma”, promovido pela Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, em parceria com sete municípios (Porto, Matosinhos, Maia, Santo Tirso, Valongo e Vila Nova de Gaia).
De acordo com os promotores, ao longo das sessões os participantes terão oportunidade de “adquirir conhecimentos que lhes permitam uma tomada de decisões financeiras corretas e informadas”, “melhorar a capacidade de avaliação de riscos” e “desenvolver competências digitais”, para que possam beneficiar das “facilidades” de utilização dos serviços digitais, nomeadamente ao nível dos serviços financeiros.
Além disso, permitirá ainda melhorar “situações que podem comprometer a sustentabilidade financeira e prejudicar seriamente o bem-estar e a qualidade de vida de cada um, com custos familiares e sociais”.
Os interessados em inscrever-se na segunda edição dos Laboratórios de Educação Financeira devem fazê-lo até esta quarta-feira, 27 de janeiro, através do contacto telefónico 226 101 189 ou do e-mail [email protected].
Segundo testemunhos da última edição, esta é uma iniciativa “muito interessante”, que permite “a partilha de conhecimentos” tanto a nível digital como de educação financeira. “Permite planear o meu orçamento familiar, ter conhecimento de produtos bancários, poupança e evitar compras supérfluas”, revelou um dos participantes.
O programa “A Minha Reforma” prevê a realização de várias iniciativas, entre as quais os “Laboratórios de Educação Financeira”, que acontecerão sob a forma presencial ou online, mediante a evolução da situação pandémica, até dezembro de 2022.
“A falta de literacia financeira é um problema social, na sociedade contemporânea que inibe significativamente a qualidade de vida e o bem-estar de segmentos abrangentes e numerosos da população, como é o caso da população sénior, conduzindo-os a processos de empobrecimento, segregação e exclusão sociais”, completaram os promotores, reforçando a mensagem de que é urgente e fundamental combater esta problemática.
Importante referir que cerca de 21,3% da população portuguesa tem mais de 65 anos, prevendo-se que, em 2030, os idosos representem 26% da população e, em 2060, cresçam para 29%. Portugal é o terceiro país da União em rácio de idosos para jovens: 153 idosos para cada 100 jovens. Destes, somente uma pequena percentagem é independente financeiramente.
