O ministro da Saúde, Paulo Macedo, defendeu esta terça-feira que as cidades do Porto e de Lisboa são as que “mais precisam de investimento” na rede de cuidados continuados integrados, numa altura em que a oferta, escassa, não dá resposta ao aumento da procura. Durante a cerimónia de inauguração da Unidade de Longa Duração e Manutenção da Celestial Ordem da Santíssima Trindade, no Porto, o governante adiantou que, segundo um estudo realizado, as áreas do Porto e de Lisboa “são as mais carenciadas do país nesta área”.
Dados da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte mostram que a região tem, atualmente, 2.171 camas na rede de cuidados continuados integrados, prevendo-se que, até ao final do ano, o número aumente para 2.232, de um total nacional de 6.995. De acordo com Paulo Macedo, este ano já entraram em funcionamento dez novas unidades, estando ainda prevista a abertura de mais três em Sernancelhe, Barcelos e Ponte da Barca, num total de 100 camas. Para o presidente da autarquia portuense, Rui Moreira, a rede de cuidados continuados é um serviço “útil e necessário para a visão de cidade acolhedora, moderna e confortável que o Porto quer ser”. “Estamos empenhados em construir, em conjunto com a ARS Norte, a carta dos equipamentos dos cuidados de saúde primários, instrumento de planeamento inovador, que queremos apresentar ainda este ano”, adiantou.