A medida, inserida no Plano de Ação para o Controlo da População de Gaivotas nos municípios costeiros da Área Metropolitana do Porto (AMP), foi inspirada no procedimento que ocorre na cidade de Nice, em França, o qual permite a inviabilização dos ovos de gaivotas através de drones que os pulverizam com um produto, normalmente parafina ou óleo vegetal, que bloqueia a oxigenação e impede o seu desenvolvimento.
Além desta, “a remoção e destruição de ovos e/ou crias, punção de ovos, injeção de substâncias capazes de matar o embrião” são também medidas possíveis para controlo da nidificação da espécie.
“As gaivotas-de-patas-amarelas são um risco para a saúde pública, por poderem ser hospedeiros e vetores de microrganismos patogénicos”, lê-se no plano de ação divulgado no portal da AMP. Segundo as estatísticas, “o Porto albergava cerca de 61,1%” dos ninhos de gaivotas dos municípios costeiros, e “Vila Nova de Gaia 9,7%”, durante o ano de 2021.
Entre os “métodos de dissuasão e controlo não-letais”, estão a emissão de sons, lasers, uso de aves de rapina, barreiras físicas e eliminação de fontes de alimentos, podendo ser penalizadas as pessoas que as alimentarem.
Em casos extremos será cedida aos municípios uma “licença excecional para captura e abate de gaivotas urbanas em situações de extrema agressividade”.