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Porto e Gaia defendem condicionamento do tabuleiro inferior da Ponte Luís I ao trânsito automóvel

Porto e Gaia defendem condicionamento do tabuleiro inferior da Ponte Luís I ao trânsito automóvel

O projeto para colocar passadiços no exterior do tabuleiro inferior da Ponte Luís I está “parado e abandonado” e as câmaras do Porto e de Gaia defendem a exclusão do trânsito automóvel naquela via.

A revelação de que as câmaras do Porto e de Gaia abandonaram a ideia de colocar passadiços no exterior do tabuleiro inferior da Ponte Luís I, que liga os dois municípios, e que defendem a exclusão do trânsito automóvel foi feita quinta-feira, numa sessão dedicada às pontes entre Porto e Gaia, no âmbito do Ciclo “Inovação Fora de Portas – Engenharia Civil à Mostra”, no Porto Innovation Hub.

Segundo a agência Lusa, citada pelo Sapo 24, o vereador do Urbanismo da Câmara do Porto, Pedro Baganha, revelou que o projeto está “parado e abandonado”, acrescentando que “não chegou a ir a Conselho de Cultura”, já que chumbaria se tal sucedesse.

Em 2015, quando o projeto foi anunciado, este previa a construção de dois passeios de dois metros do lado de fora do tabuleiro inferior da Ponte Luís I, num investimento de cerca de 600 mil euros que necessitaria da autorização da Direção Regional da Cultura do Norte. No entanto, segundo adiantam os órgãos de comunicação referidos, as autoridades competentes do património levantaram dúvidas quanto a esta pretensão.

No final da conferência, Pedro Baganha revelou também aos jornalistas que a autarquia “não vai esperar pela conclusão da nova ponte” entre Porto e Gaia, que não deverá estar pronta em 2022, como inicialmente previsto, para condicionar a circulação automóvel no tabuleiro inferior da Ponte Luís I.

“Nós vamos ter agora uma circunstância inevitável que é a Infraestruturas de Portugal intervir na manutenção do tabuleiro inferior da ponte e, a partir desse momento, o trânsito ficará condicionado ou proibido. Portanto, digamos que não me parece que faça grande sentido, a partir do momento em que se introduz um condicionamento na ponte, que ela volte a ser aquilo que é hoje”, disse o vereador.

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No entanto, o responsável alerta que há “aqui uma circunstância especial”, dado que a tutela da Ponte Luís I não é das câmaras municipais, pelo que o planeamento da obra não está a ser gerido pelos municípios, mas, sim, pela Infraestruturas de Portugal.

“Eu não sei exatamente quais são, quantas fases e como é que se vai desenvolver o faseamento de obra. Agora a circulação pedonal entre ambas as ribeiras é crítica. Esse é o grande motivo que nos levou à previsão de uma nova ponte”, observou, sublinhando as atuais dificuldades de se compaginar “o trânsito rodoviário com o trânsito pedonal”.

Também o vice-presidente da Câmara de Gaia, Patrocínio Azevedo, abordou o tema da conversão do tabuleiro inferior da Ponte Luís I, referindo que, neste projeto, os dois municípios estão a dar passos concretos.

Patrocínio Azevedo salientou que o condicionamento do tabuleiro inferior da Ponte Luís I ao trânsito automóvel “está perfeitamente articulado entre os dois municípios”, que vão avançar com a construção da Ponte D. António Francisco dos Santos como alternativa de circulação automóvel.

De recordar que desde 2005 que o tabuleiro superior da Ponte Luís I serve a Linha D do Metro do Porto e o tabuleiro inferior é usado por peões e veículos automóveis.

Patrocínio Azevedo considera ainda que o passe único “abre um conjunto de oportunidades”, nomeadamente a criação de uma ligação fluvial entre as duas margens, na medida em que os diferentes operadores podem ser integrados no mesmo sistema de transporte, neste caso o Sistema Intermodal Andante.

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