Duas dezenas de pessoas reuniram-se, presencialmente, na última quarta-feira, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, para debater aquele que poderá ser o futuro do Ramal da Alfândega, desativado desde 1989.
A sessão permitiu conhecer o estudo encomendado pela autarquia à Universidade do Porto e que explora a procura potencial por transporte coletivo, uma das soluções apresentadas para o Ramal da Alfândega.
“Os valores médios diários anuais, com transbordo, variam entre os 7.367 passageiros, no caso de serem consideradas duas estações [Alfândega e Campanhã], e os 8.817 passageiros, introduzindo a estação intermédia nas Fontainhas”, indicou Paulo Pinho, professor e investigador da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
De acordo com o responsável, foram estudadas duas opções – uma com duas estações (Alfândega e Campanhã) e outra com três estações (Alfândega, Fontainhas e Campanhã).
Entre as hipóteses apresentadas, destaca-se uma para transporte rápido elétrico e outra para a reconversão em modos suaves e criação de um parque urbano. A estas, junta-se ainda uma terceira, que propõe a sua junção.
Para Rui Moreira o uso misto do Ramal da Alfândega será, inclusive, a solução que mais agrada, acreditando que será “exequível”. “Pergunto se não faria sentido nós termos este veículo a andar de segunda a sexta-feira, e ao sábado e domingo o veículo parava e utilizávamos o ramal como parque urbano? Talvez esta fosse a forma mais útil de olhar para esta valência”, assinalou o autarca.
Os comentários recebidos ao longo do debate, transmitido também em direto nas redes sociais do município, permitiu perceber que há um número significativo de pessoas a quem agrada a hipótese que concilia os dois usos.
Toda a informação referente ao debate em causa está disponível no microsite do Ramal da Alfândega.
Foto: Filipa Brito | CM Porto