Em 2017 e 2018, o Porto registou a entrada de 5.666 fogos em processo de licenciamento, um volume que se distribui por 830 projetos residenciais, revelam os dados da consultora Confidencial Imobiliário.
O Porto mantém-se como o segundo concelho com o maior número de licenciamentos e projetos na área residencial, seguindo-se a Lisboa, cuja carteira nesse período de dois anos ascendeu a 7.517 num total de 876 projetos.
Tendo em conta os dados referentes ao Porto, a consultora conclui que a reabilitação domina na cidade, “concentrando dois terços dos projetos contabilizados nestes dois anos (66%, ou seja, 550 projetos) e cerca de metade dos fogos (51%, ou seja, 2887 unidades). A construção nova gera, assim, 2.779 fogos distribuídos por 280 projetos”, refere a Confidencial Imobiliário.
“São os fogos de pequena dimensão (T0 e T1) que predominam” na carteira em desenvolvimento no concelho, “concentrando 62% das unidades nos últimos dois anos, o que não é alheio ao facto de quase metade (42%) de toda a carteira do concelho nesse período se concentrar na zona da Baixa e Centro Histórico”, refere o comunicado enviado à VIVA!.
“O Centro Histórico manteve-se como o claro destino de investimento em habitação no Porto (42% dos fogos contabilizados), seguido por Paranhos, Bonfim e Marginal, com quotas de 10% a 14%; e Ramalde, Foz e Campanhã com quotas de 5% a 7% nos fogos em desenvolvimento”, refere ainda a consultora.
Estes dados são apurados pela Confidencial Imobiliário no âmbito da base de dados ‘Pipeline’ Imobiliário, um sistema estatístico que tem por base os pré-certificados energéticos emitidos pela ADENE – Agência para a Energia, que são obrigatórios em todos os projetos.