PUB
Recheio 2024 Profissional

Porto.CCC vai implementar projeto “TeamUp4Cancer” na região Norte

Porto.CCC vai implementar projeto

O Porto Comprehensive Cancer Center (P.CCC) – consórcio entre o Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO Porto) e o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) – vai implementar um projeto de investigação que visa encurtar o ciclo de descoberta científica do cancro e “aproximar a investigação científica dos doentes oncológicos”.

Com o apoio financeiro do Norte 2020, num investimento total de mais de 17 milhões de euros, o projeto “TeamUp4Cancer” arranca no 2º trimestre de 2021e decorrerá ao longo dos próximos dois anos.

De acordo com o IPO Porto, “este projeto de investigação pretende encurtar o ciclo de descoberta científica em cancro, aproximando a investigação básica e a prática clínica, através da aplicação de tecnologia de ponta e exploração de ensaios clínicos de fase precoce, procurando benefícios concretos para o doente oncológico e o desenvolvimento mais célere de novas armas terapêuticas contra o cancro”.

Os parceiros visam desenvolver modelos experimentais in vitro para auxiliar no tratamento do doente, validar e explorar novos biomarcadores em tecidos tumorais, sangue e outras amostras de tecidos e acelerar estudos pré-clínicos, facilitando a transição para os estudos clínicos de fase inicial.

“No âmbito da implementação do projeto, é expectável que sejam anualmente elegíveis para pré-screening molecular um total de 200 a 300 doentes oncológicos, com diversos tipos de cancro. De acordo com a literatura e a experiência por nós acumulada, esperamos que 10-20% deles possam beneficiar de inclusão em ensaios clínicos de fase precoce”, explica, em comunicado, Rui Henrique, coordenador do consórcio e presidente do IPO Porto, adiantando que a mesma caraterização será útil para um ainda maior número de doentes potencialmente elegíveis para ensaios clínicos de fases mais avançadas.

O programa “TeamUp4Cancer” “irá contribuir para levantar novas questões científicas relacionadas com o cancro e para o desenvolvimento de estratégias para o controlar”, destaca ainda o IPO Porto.

Grande parte do investimento será aplicado na aquisição de equipamentos de ponta, na contratação de recursos humanos altamente qualificados e na adequação de infraestruturas clínicas e laboratoriais para apoio à realização de ensaios clínicos de fase precoce.

PUBLICIDADE - CONTINUE A LEITURA A SEGUIR

Alguns dos equipamentos que serão adquiridos “ficarão no IPO Porto, nomeadamente para ensaios clínicos de Fase 1, e outros no i3S, principalmente os que permitirão o isolamento e a caracterização de células tumorais dos doentes e ainda o estudo do comportamento destas células em modelos animais”, adianta Raquel Seruca, coordenadora da candidatura aos fundos do Norte2020 por parte do i3S.

O programa prevê, ainda, “incrementar o número de start-ups e spin-offs, contribuindo para a disseminação de tecnologia e retorno deste investimento, em especial na Região Norte”.

“A implementação de novos equipamentos e infraestruturas no âmbito do P.CCC vai criar novas oportunidades de fazer investigação de ponta em cancro com a preocupação de conhecer melhor as bases biológicas desta doença, transferir esse conhecimento para novas ferramentas de rastreio e diagnóstico precoce de cancro e desenvolver novas terapias, assim como novas estratégias de acompanhamento e tratamentodos doentes”, sublinha Claudio Sunkel, diretor do i3S.

Já Raquel Seruca destaca que “é a primeira vez em Portugal que vamos poder cumprir todo o ciclo que vai desde a identificação dos mecanismos alterados nas células tumorais até aos ensaios clínicos baseados no conhecimento profundo dos processos moleculares e celulares subjacentes à doença”.

“A mais-valia desta parceria é ter a capacidade de percorrer todo o espectro da descoberta e inovação, desde a fase básica, translacional, pré-clínica e clínica e demonstrar como as sinergias que já existem são reforçadas por esta visão multi-institucional e pluri-disciplinar”, frisa Rui Henrique.

Para Claudio Sunkel, “trata-se de uma oportunidade única para fazer ciência com impacto clínico nos doentes com cancro. Temos agora todas as condições científicas, clínicas e tecnológicas para avançar e fazer melhor medicina de precisão e contribuir para o grande objetivo europeu da Missão Cancro para a próxima década: Até 2030 mais de três milhões de vidas salvas, vivendo mais e melhor”.

Constituído em 2016, com o objetivo de encontrar os melhores tratamentos para os doentes oncológicos, o P.CCC é atualmente o único centro compreensivo de cancro em Portugal.

PUBLICIDADE

PUB
www.pingodoce.pt/pingodoce-institucional/revista-sabe-bem/uma-pascoa-saborosa-com-a-sabe-bem/?utm_source=vivaporto&utm_medium=banner&utm_term=banner&utm_content=0324-sabebem78&utm_campaign=sabebem