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Porto assinala os 200 anos da Revolução Liberal de 1820

Porto assinala os 200 anos da Revolução Liberal de 1820

Ao longo do ano, a cidade do Porto vai celebrar o bicentenário da Revolução de 24 de Agosto de 1820 com diversas iniciativas, entre elas exposições, um congresso e uma conferência internacional, colóquios, conversas situadas, sessões especiais de Um Objeto e seus Discursos por Semana, concertos, percursos e visitas orientadas, lançamentos de livros e um ciclo de cinema.

Pedro Baptista aceitou o convite do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, para comissário geral das comemorações e deu a conhecer terça-feira aquilo que a cidade tem preparado para assinalar os 200 anos de “um momento de grande determinação nacional, que marcou o início da entrada na modernidade, a edificação de algumas dimensões da liberdade e, sobretudo, com o Porto à frente na afirmação patriótica da nacionalidade”.

As celebrações vão acontecer ao longo de todo o ano, numa iniciativa do Município do Porto, mas que “a ela, desde a primeira hora, juntou-se o mundo académico, com a participação ativa da Universidade do Porto, da Universidade Lusíada e da Universidade Lusófona, mas também de instituições como o Museu Militar do Porto, a Associação 31 de Janeiro, Juntas de Freguesia (em particular a União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, cujo Cortejo do Traje de Papel, realizado no âmbito das Festas de São Bartolomeu, terá este ano como tema a Revolução de 1820), entre outras instituições parceiras e cidadãos que manifestaram o apoio às comemorações”, salienta o portal de notícias da autarquia.

Pedro Baptista destacou também, segundo o Porto., algumas figuras que se envolveram ativamente no programa. “O Prof. José Manuel Lopes Cordeiro, comissário da exposição «1820. Revolução Liberal do Porto» – que inaugura a 20 de fevereiro, na Casa do Infante – e autor do livro-catálogo inspirado na mostra expositiva, mas que ‘a ultrapassa’ ao fazer uma investigação aprofundada que ‘repõe a verdade dos factos sobre 1820, a partir da historiografia portuense’. O Prof. Gaspar Martins Pereira, consultor das comemorações e promotor do Congresso Internacional, que terá lugar nos dias 14, 15 e 16 de maio, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett. O Prof. Vital Moreira, que tomou a iniciativa de falar com o presidente da Câmara do Porto para saber se estava a ser preparado algum evento para assinalar a data e que é o responsável por organizar a Conferência Internacional, que vai incidir sobre os «Dois Séculos de Constitucionalismo Eleitoral em Portugal», a 24 de setembro, na Universidade Lusíada”. O comissário geral fez ainda uma menção à equipa “plural, inovadora, dinâmica, entusiasta e rigorosa”.

Pedro Baptista desafiou ainda o presidente da Câmara do Porto a “retomar a iniciativa da reconstrução do monumento ao glorioso feito da regeneração portuguesa em 24 de Agosto”, que aliás vai ser tema de uma sessão de “Um Objeto e Seus Discursos por Semana”.

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Alguns destaques do programa

Ao longo do ano, a efeméride vai ser celebrada por diversas iniciativas, entre elas exposições, um congresso e uma conferência internacional, colóquios, conversas situadas, sessões especiais de Um Objeto e seus Discursos por Semana, concertos, percursos e visitas orientadas, lançamentos de livros e um ciclo de cinema.

Segundo salientou Rui Moreira, uma “programação diversa e aberta a todos”, dirigida a “um público mais erudito e menos erudito”, para que as pessoas percebam o significado da Revolução Liberal de 1820, num contexto em que os portuenses “se sentiam abandonados” pelo país, depois do que sofreram com as invasões francesas.

  • Exposição «1820. Revolução Liberal do Porto», de entrada gratuita, que ficará patente na Casa do Infante de 20 de fevereiro a 6 de setembro. Vai contar com várias visitas guiadas.
  • Exposição, organizada pelo Museu Militar do Porto, que vai mostrar como a Revolução de 24 de Agosto contribuiu para o prelúdio do Liberalismo em Portugal (inaugura a 25 de março).
  • Lançamento de livros, entre os quais “Os 40 dias que mudaram Portugal (Diário da Revolução)”, dos professores Vital Moreira e José Domingues, que será apresentado a 1 de outubro.
  • Ciclo de cinema “Memória, Cidadania e Liberdade”, organizado pelos professores Jorge Campos e Maria João Castro, que apresentará sete filmes na Reitoria da Universidade do Porto.
  • No dia 24 de agosto – data em que assinalam, de facto, os 200 anos da Revolução de 1820 – há um colóquio e um concerto marcados, precedido num dia pelo Desfile de São Bartolomeu, na Foz do Douro.
  • A 6 de setembro, o Concerto do Pronunciamento será outro dos pontos altos do programa e terá lugar na Avenida dos Aliados.

A Revolução de 1820, que trouxe de volta para Portugal as Cortes instaladas no Brasil desde 1808 e abriu caminho para o constitucionalismo no país, teve início no Porto, pela mão do “Sinédrio”, um grupo liderado por Manuel Fernandes Tomás.

Foto: Miguel Nogueira | CM Porto

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