A Câmara do Porto aprovou segunda-feira o memorando de entendimento com o Centro Hospitalar Universitário de São João com vista à instalação do centro de vacinação Covid-19 em regime drive-thru no Queimódromo.
Preparado para operar no Queimódromo do Parque da Cidade “há sensivelmente dois meses”, o centro de vacinação terá capacidade para inocular até 2.000 pessoas por dia.
De acordo com o memorando de entendimento a ser celebrado com o Centro Hospitalar Universitário de São João, cabe à autarquia assegurar o financiamento para a operacionalização do centro, nomeadamente a “logística, operação, organização de fluxo, os técnicos de vacinação e o apoio médico no espaço, com um mínimo de 12 linhas de vacinação”.
Já o Hospital de São João assegurará a formação, “no que concerne às dimensões da preparação das doses pelos farmacêuticos e de administração das vacinas e registos nos sistemas de informação pelos enfermeiros, bem como a consultoria no que se refere à vigilância clínica de reações adversas”.
Na reunião do executivo de segunda-feira, o presidente da Câmara do Porto indicou que o plano de vacinação em massa na cidade tem sido articulado com a task force, tendo adiantado ainda que durante a tarde iria reunir com o presidente do conselho diretivo da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte), Carlos Nunes, e com o secretário de Estado Eduardo Pinheiro, nomeado pelo Governo para coordenar o plano de combate à Covid-19 na Região Norte.
Nesse encontro, Rui Moreira deu a conhecer os passos que o Porto tem dado para se preparar para a vacinação em larga escala, nomeadamente o centro de vacinação drive-thru.
De acordo com o portal de notícias da autarquia, na reunião “Rui Moreira esclareceu que a estrutura foi criada depois de ter iniciado contactos no sentido de assegurar que a cidade do Porto estivesse munida de uma resposta capaz de corresponder à enorme demanda esperada, a partir do momento em que um grande volume de vacinas chegar à cidade do Porto”.
Esta primeira resposta, adiantou, vai por isso funcionar “sem qualquer custo para o SNS [Serviço Nacional de Saúde]”, também com o apoio da UNILABS, e pode ser “replicável ou triplicável”, garantiu o presidente da Câmara do Porto.
Recorde-se que, em fevereiro, o autarca já tinha referido que, se fosse necessário, para a zona oriental poderia ser montado um segundo centro de vacinação, em modelo drive-thru, no antigo parque de recolha da STCP, e um outro na zona central da cidade, nos Jardins do Palácio de Cristal, esse em sistema walk-thru (a pé).
Rui Moreira elucidou ainda o secretário de Estado e o presidente da ARS Norte de que as administrações do Hospital de São João e do Hospital de Santo António estão alinhadas com o Município do Porto e que confirmam que o objetivo de vacinação em larga escala “não é alcançável” somente com recurso aos hospitais e aos centros de saúde.
O autarca transmitiu ainda que para arrancar com o centro de vacinação drive-thru no Queimódromo apenas necessita da autorização do coordenador da task force, da disponibilização de vacinas e da definição das pessoas a vacinar e respetiva listagem e/ou acesso ao sistema.
O presidente da Câmara do Porto abre igualmente a possibilidade de a estrutura ser dirigida às pessoas que pretendam tomar a iniciativa de agendar a sua vacina.
Foto: Miguel Nogueira | CM Porto
