
A Câmara Municipal do Porto aprovou por unanimidade, na reunião privada desta segunda-feira, dia 27, a criação da Linha de Apoio à Aquisição de Veículos Elétricos, dotada de 150 mil euros, destinada a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), que prestam serviços de apoio domiciliário.
A proposta assinada pelo vereador da Coesão Social, Fernando Paulo, afirma que o Executivo Municipal “pretende comparticipar, até ao montante máximo de 5000 euros, a aquisição de veículos elétricos ligeiros das entidades com sede ou delegação no concelho do Porto que viram a sua candidatura aprovada no âmbito do programa Mobilidade Verde Social”.
O programa Mobilidade Verde Social, criado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, surge com “o objetivo de apoiar a aquisição de viaturas 100% elétricas, para entidades da Economia Social e Solidária, adaptadas às necessidades das instituições, dos serviços que prestam e das pessoas beneficiárias, nomeadamente com mobilidade condicionada”, indica o portal de notícias da autaquia.
Fernando Paulo referiu que se candidataram “diversas entidades para a aquisição de viaturas elétricas, tendo sido aprovados apoios para 30 viaturas” e frisou que “os encargos na aquisição de veículos elétricos ligeiros são financiados pelo referido programa até ao limite máximo de 25.000 euros”.
Recordando que o município tem estado “fortemente empenhada em tomar as medidas conducentes a minorar as dificuldades das entidades da Economia Social e Solidária, decorrentes da pandemia”, o vereador realçou também que estas entidades “continuam a desempenhar uma função de extrema relevância, pois desenvolvem respostas de apoio direto para franjas mais vulneráveis da população, designadamente o Serviço de Apoio Domiciliário, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos seus utentes e consequentemente promovem a coesão da cidade em múltiplas dimensões.”
No documento aprovado pela autarquia portuense podia ler-se ainda que “este apoio é relevante para potenciar a transição energética no seio das IPSS consideradas, nomeadamente através do incentivo da mobilidade elétrica, contribuindo para a descarbonização da cidade do Porto, em linha com os objetivos traçados no Pacto do Porto para o Clima”.
A Câmara do Porto segue “metas ambiciosas no plano da descarbonização”, tendo sido selecionada pela Comissão Europeia para integrar o restrito conjunto de 100 cidades na missão «Cidades Inteligentes e com um Impacto neutro no Clima» que pretende criar as condições para antecipar a neutralidade carbónica até 2030.
Foto: Filipa Brito (CM Porto)