Além da prática de exercício físico de forma segura – já que as atividades são acompanhadas por técnicos de saúde e realizadas em espaços adequados às modalidades desportivas – os participantes têm à sua disposição, de forma gratuita, uma reconhecida ferramenta de combate ao stress, doença moderna que afeta grande parte da população. Tal como afirmou à Viva o diretor da Runporto, Jorge Teixeira, a iniciativa não acarreta qualquer custo. Os interessados não necessitam de efetuar inscrição, bastando, por isso, “que mostrem vontade de integrar este Porto Antistress”.
A primeira ação do projeto, que decorreu no passado dia 27 de janeiro, foi, de acordo com o responsável, “molhada e abençoada”. Mesmo com o mau tempo, mais de uma centena e meia de pessoas aceitaram o desafio de alinhar nas atividades desportivas, realizadas no Parque Oriental da cidade, em Campanhã. Entretanto, o Porto Antistress já voltou a fazer das suas no dia 3 de fevereiro, tendo já encontro marcado com os portuenses no próximo dia 17, assim como a 3 e 24 de março.
Explorar espaços portuenses pouco conhecidos
“A ideia do evento estava na gaveta há algum tempo”, contou Jorge Teixeira, explicando que a iniciativa adotou o nome de um clube criado em dezembro – o Porto Antistress Clube. “Sempre ambicionei movimentar gente na zona oriental da cidade”, referiu, acrescentando tratar-se de uma boa estratégia para mostrar aos cidadãos alguns locais ainda pouco conhecidos no Porto. “O Parque do Lagarteiro é bonito e ninguém conhece. A esmagadora maioria das pessoas desconhece o Parque da Pasteleira. É preciso explorar a cidade. E por isso, decidimos criar um movimento no âmbito de um projeto já existente, o ‘Porto em boa forma’, da Porto Lazer”, explicou.
Projeto que “respira saúde e respira Porto”
O Porto Antistress foi pensado para dar resposta às necessidades e gostos de dois públicos distintos: um mais voltado para a corrida e outro para a caminhada. “É uma forma de fazer com que as pessoas que, ao domingo, não têm com quem fazer exercício, possam conviver descontraída e saudavelmente”, sublinhou o diretor da Runporto. “Este projeto respira saúde e respira Porto. Aliás, eu sonho transformar o Porto Antistress no maior clube nacional de prática desportiva”, confessou o organizador de eventos, assegurando ter o know-how necessário para proporcionar às pessoas momentos de muita diversão. “Em vez de estar na cama ao domingo de manhã, vou dar saúde aos portuenses”, afirmou, com boa disposição.
A dança como aposta de futuro
Apesar de as sessões desportivas estarem confirmadas até ao final de julho, a Runporto pretende continuar a combater o stress dos portuenses nos meses seguintes, tendo já novas ideias para atrair o público. “A experiência tem sido extraordinária e queremos expandir o projeto, alargá-lo por exemplo à área da dança e criar outras valências que surpreendam as pessoas”, avançou o responsável, confessando até já ter idealizado uma sessão com ponto de encontro na Avenida dos Aliados para que, depois, os que quiserem correr sigam para Santa Catarina e os que preferirem caminhar prossigam para o centro histórico. “No fundo, acaba por funcionar como uma estratégia de divulgação da cidade e de promoção de hábitos de vida saudáveis”, concluiu, deixando a certeza de que não pretende desistir de agitar as manhãs de domingo dos portuenses.
Texto: Mariana Albuquerque | Fotos: Porto Antistress