
A cidade do Porto foi escolhida, em detrimento de Paris e Barcelona, para acolher em 2019 o maior congresso têxtil mundial, demonstrando assim o estatuto de “caso de estudo” da indústria portuguesa.
O facto de o Porto ter ganhado a disputa pela realização do evento a outras grandes cidades europeias é “a demonstração de que o setor têxtil e vestuário português é hoje um caso de estudo internacional, seguido atentamente em todo o mundo e extremamente valorizado noutros modelos de negócio”, declarou à agência Lusa Paulo Vaz, diretor-geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) – a quem cabe a organização do congresso da International Textile Manufacturers Federation (ITMF), marcado para os dias 20, 21 e 22 de outubro de 2019.
“A forma como conseguimos recuperar de uma crise complexa e que muitos davam como fatal julgo que nos traz imenso prestígio e notoriedade, o que se consubstancia com os êxitos de receber os grandes eventos internacionais nesta indústria para Portugal”, sublinhou Paulo Vaz.
“Em menos de dez anos, a ATP conseguiu trazer para o Porto os três grandes congressos que se realizam na indústria têxtil em todo o mundo”, já que em 2012 organizou o congresso da International Apparel Federation (IAF, vestuário) e em 2017 o da Euratex, a confederação europeia que representa as associações de têxteis e vestuário.
A realização no Porto do congresso de 2019 da ITMF representa o regresso do evento à Europa, depois de nos últimos seis anos “ter andado essencialmente pela Ásia”.
São esperados no evento “300 a 350 participantes” no Porto, entre empresários e gestores de grandes empresas do setor têxtil e vestuário, desde a China aos EUA.
Paralelamente ao programa oficial do evento decorrerá um programa social que, segundo Paulo Vaz, irá certamente incluir uma passagem pelo Douro vinhateiro, um jantar de gala no Palácio da Bolsa e visitas a locais “obrigatórios” como as caves de Vinho do Porto ou o Terminal de Cruzeiros de Leixões.
De referir que as exportações portuguesas de têxteis e vestuário atingiram em 2017 um recorde histórico, aumentando 4% em termos homólogos para os 5.237 milhões de euros. Até junho deste ano, registou-se uma nova subida, de 2%, para 2,7 mil milhões de euros, ascendendo este crescimento aos 6% nos mercados não comunitários.