
“Os números não mentem, o primeiro dia de ponte aérea entre o Porto e Lisboa, domingo, 27 de março, não foi o sucesso que a TAP anunciou”, escreve a autarquia portuense no seu site.
Na nota publicada destaca-se que “a ocupação média não ultrapassou em muito os 50%, e que chegou a ser de 6% num dos voos, muito aquém dos 97% garantidos nos voos internacionais diretos do aeroporto Sá Carneiro”.
“O segundo dia terá corrido ainda pior, com atrasos sucessivos e um cancelamento. No mesmo dia, a Ryanair atingiu 78% de ocupação no mesmo trajeto”, acrescenta a autarquia.
Já de acordo com a TAP, “no primeiro dia de operação da Ponte Aérea (domingo), a companhia bateu o recorde de passageiros transportados entre Lisboa e Porto e ontem [segunda-feira] esse número foi ainda superior”.
“Não divulgamos nem o número de passageiros, nem as taxas de ocupação, porque essa é informação comercial reservada [habitualmente não divulgada pelas companhias relativamente a rotas específicas]”, acrescentou fonte da transportadora aérea.
Segundo a companhia, “a tendência é que os números de passageiros transportados e a procura pelos voos da Ponte Aérea se consolidem, levando a uma cada vez maior procura, até porque os meses em que tradicionalmente ela aumenta estão a chegar (Verão)”.
“A Ponte Aérea não é apenas uma ligação ponto-a-ponto entre o Porto e Lisboa, é também uma ligação de enorme conveniência e facilidade facultando o acesso a toda a rede de destinos TAP. Com ela, os clientes da região Norte do país dispõem de ligações rápidas a um enorme conjunto de destinos que antes não tinham”, justifica a companhia.
Contudo, e segundo dados divulgados esta terça-feira pela Câmara do Porto, no primeiro dia “houve voos com 6% de ocupação” e “a média dos 18 voos foi de 57%”.