
Os números foram divulgados esta quarta-feira pelo Politécnico do Porto (P.Porto) e pelo IPO-Porto, durante a apresentação dos projetos financiados pelo Aviso de Eficiência Energética nos edifícios da Administração Pública Central do POSEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.
Segundo a agência Lusa, até 2020, o P.Porto vai poupar, em duas das suas escolas, um total de 702,3 mil euros anuais, reduzindo em 158,88 toneladas as emissões de dióxido de carbono (CO2). Já o edifício principal do IPO do Porto irá ver reduzida a sua fatura anual da energia em 386 mil euros (uma descida dos 886 mil euros para os 500 mil euros) e uma restrição de mais de 1.400 toneladas de gases produtores de efeito de estufa.
O presidente do Conselho de Administração do IPO do Porto, Laranja Pontes, indicou um investimento total de 5,3 milhões de euros, comparticipados por fundos comunitários em 4,5 milhões de euros.
No caso do P. Porto, o investimento é de 984 mil euros, financiados em 713,7 mil euros pelo POSEUR.
As intervenções vão decorrer no ISCAP – Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto, situado em Matosinhos, e no ESTG – Escola Superior de Tecnologia e Gestão, em Felgueiras, na zona do Tâmega e Sousa.
Relativamente ao ISCAP, a perspetiva é de uma poupança anual de cerca de 550 mil euros e uma redução de 118 toneladas de dióxido de carbono.
Na ESTG, espera-se uma poupança anual de cerca de 152 mil euros e 40,88 toneladas de dióxido de carbono.
Presente na cerimónia, o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, apontou os dois projetos como “bons exemplos do que está a mudar”, salientando a importância do comportamento ambiental e energético de “locais onde vai muita gente e onde se ensina”.
O ministrou revelou que os hospitais e as “instituições universitárias” estiveram em maioria nas candidaturas à primeira fase do POSEUR relativo à eficiência energética, explicando estar em causa um financiamento comunitário total de 55,4 milhões de euros.
“Os hospitais e as universidades são grandes consumidores de energia. Esta é uma oportunidade de redução líquida do consumo de energia com grandes vantagens financeiras”, realçou, destacando que o “potencial demonstrativo e de educação ambiental que resulta de projetos como este é muito grande”.
“E este investimento tem retorno financeiro. Estes são dois belíssimos exemplos de projetos”, sublinhou.
Matos Fernandes disse ainda que já foi lançado “um segundo aviso” com “mais 100 milhões de euros do fundo de coesão para investir na eficiência energética dos edifícios da administração pública”.