
“Demonstrar o descontentamento pelo abandono total desta carreira de polícia, por parte do Governo” e apoiar “esta central sindical” são os motivos que levaram à decisão de aderir à manifestação. Na terça-feira, depois de uma reunião entre os representantes de várias forças de segurança, mas onde a Polícia Municipal não esteve representada, foi anunciada a adesão ao protesto.
A Polícia Municipal junta-se, agora, à Polícia de Segurança Pública (PSP), Guarda Nacional Republicana (GNR), Polícia Marítima, Guarda Prisional, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). O coordenador e porta-voz da comissão dos sindicatos das forças policiais, Paulo Rodrigues, afirmou, na terça-feira, que a política do Governo “não é nada conveniente nem para os portugueses nem especificamente para os polícias”. “Há um duplo sacrifício que está a ser pedido aos profissionais das várias polícias, não só porque se aplica esta redução de vencimento, mas por problemas internos, como a não alteração dos estatutos profissionais ou a não aplicação de estatutos a todos os profissionais, como acontece na PSP e na GNR”, explicou. O responsável referiu ainda que “os polícias estão em luta e, por isso, decidiram participar em todas as ações de protesto contra estas medidas [de austeridade] que sejam organizadas pelas centrais sindicais, UGT ou CGTP, iniciando a participação já no dia 29 [sábado], na manifestação agendada pela CGTP”.