“A Polícia Municipal está mais direcionada para o estacionamento de automóveis e fluidez de trânsito, cabendo à PSP as operações de combate à criminalidade, muitas delas alicerçadas em operações stop”, explicou o comandante da PM do Porto, António Leitão da Silva, durante a cerimónia de apresentação dos novos elementos.
A atividade operacional da Polícia Municipal do Porto quanto à fiscalização de trânsito “mais do que duplicou”, revelou.
“Só existem multas porque existem carros estacionados irregularmente. Infelizmente, temos um perfil de quase infrator rodoviário em Portugal, se não não se justificaria que o número de reboques e bloqueamentos aumentasse”, considerou.
António Leitão da Silva avançou que “todos os dias” os agentes policiais rebocam veículos parados em lugares reservados a pessoas com deficiência, considerando que “algo de muito mau” aconteceu em termos de cidadania no país.
Na segunda-feira, a ministra da Administração Interna adiantou que o novo regime das Polícias Municipais de Lisboa e do Porto deverá estar concluído este mês, visando um “reforço da intervenção” destas forças de segurança em áreas como o trânsito.
Satisfeito com esta decisão, o comandante da PM do Porto referiu que não se trata de atribuir competências a esses agentes, porque essas já existem, mas sim clarifica-las.
Leitão da Silva explicou que os agentes municipais são da PSP, mas afetos à Câmara do Porto.
Para o presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, a segurança é algo “fundamental” para a cidade.