
O encontro de escritores de expressão ibérica, que decorre até sábado na Póvoa do Varzim, teve início com os autores Isaque Ferreira, João Rios e Rui Spranger a levaram a poesia à população.
“Há três anos que trazemos a poesia às pessoas e a adesão é sempre muito intensa e inesperada porque na verdade as pessoas ouvem falar do programa, mas não estão a aguardar que pela rua cheguem versos de vozes indistintas e as coisas às vezes são surpreendentes”, contou Isaque Ferreira.
O trio declamou versos de Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Mário de Sá Carneiro, Cesário Verde e Eduardo Libório no salão nobre da Câmara Municipal, mercado municipal, Diana Bar e comércio local, “nos locais mais estranhos para acontecer poesia e é um momento único porque as pessoas dizem que é muito bom amanhecer com poesia”, sublinhou o vice-presidente da Câmara da Póvoa, Luís Diamantino.
Para além da literatura nas ruas, o certame literário inclui uma exposição em vários locais da cidade e uma feira do livro realizada também a céu aberto.
A edição deste ano do Correntes D’ Escritas vai contar com um número recorde de mais de 80 escritores. A sessão oficial de abertura será na quarta-feira, às 11h, no Casino da Póvoa, altura em que serão anunciados os vencedores dos prémios literários 2016 e será lançada a revista Correntes d’Escritas, este ano dedicada a António Lobo Antunes.
Também na quarta-feira, mas à tarde, no Cineteatro Garrett, vai ter lugar a conferência de abertura, “O Silêncio dos Livros”, por José Tolentino Mendonça.
Até sábado, 27 de fevereiro, decorrem mais de uma dezena de mesas com os vários escritores convidados, sessões nas escolas e lançamentos de livros.