
A Metro do Porto vai discutir com o Governo onde será aplicado o montante de 620 milhões de euros inscrito no Plano Nacional de Investimentos (PNI) para expansão entre 2020 e 2030.
“A Metro do Porto, em articulação com os seus acionistas e o Governo, irá estudar com o devido detalhe, os vários cenários de expansão, tendo como ponto de partida as possibilidades de expansão analisadas em 2016 e 2017?, indica a empresa, numa nota enviada à agência Lusa.
“Os valores previstos no PNI 2020/2030 para a expansão da rede não estão neste momento afetos a quaisquer linhas ou zonas geográficas concretas”, frisou ainda a Metro do Porto.
O coordenador da área dos transportes na Área Metropolitana do Porto, Marco Martins, considera que a prioridade é “ligar o centro de Gondomar ao concelho do Porto”.
“Gondomar é o único concelho do primeiro anel que não tem uma ligação de metro do seu centro até ao Porto. E há que reforçar a rede em Vila Nova Gaia e em Matosinhos na parte norte, junto à Circunvalação”, defendeu o também presidente da Câmara de Gondomar.
“Gondomar e Gaia são os municípios que mais debitam utilizadores de transportes públicos e são aqueles onde há mais uso do transporte individual, portanto, onde é necessário reforçar o transporte público”, acrescentou ainda Marco Martins, citado pelo Sapo24.
De referir que neste investimento não estão incluídas as linhas já aprovadas e em fase de concurso que são a Linha Rosa, que ligará a Casa da Música a São Bento, no Porto, e o prolongamento da Linha Amarela (Hospital São João-Santo Ovídio) até Vila D’Este, em Gaia. Estas duas linhas têm já financiamento atribuído pelo Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), bem como pelo Fundo Ambiental.
Assim, ao abrigo do PNI, está em estudo a expansão desde Matosinhos Sul até à Casa da Música, num investimento de 250 milhões de euros que se traduz em 6,4 quilómetros, bem como uma segunda linha até Vila Nova de Gaia, a fazer através de nova travessia sobre o rio Douro, desde a Casa da Música até às Devesas, ou seja, 4,3 quilómetros a custar 156 milhões de euros.
Uma outra linha em estudo é a de Campanhã, no Porto, até Valbom, em Gondomar, a qual implica um investimento de 202 milhões de euros em seis estações e 5,85 quilómetros.
A chamada Linha de S. Mamede (Fonte do Cuco, Matosinhos – Polo Universitário, Porto junto às Asprela) é outro dos percursos que poderá ser equacionado para investimento ao abrigo do PNI 2020/2030, sendo que esta custa 269 milhões de euros.
Outra das linhas a equacionar poderá ser a ligação à Trofa, desde o Instituto Superior da Maia passando pela freguesia do Muro, no valor de 136 milhões. De referir que esta linha também consta da lista de percursos analisados anteriormente e que a Metro do Porto vai discutir com a tutela.
Em estudo estão ainda a linha circular entre a Casa da Música e Campanhã (286 milhões de euros) e a ligação da Faculdade de Engenharia até ao concelho da Maia (9,10 quilómetros e 11 estações).