O Município do Porto prevê submeter o Plano de Urbanização de Campanhã (PUC) a discussão pública já em março. No entanto, devido a atrasos registados na entrega de estudos essenciais por parte das empresas responsáveis, a autarquia votará, na próxima reunião do Executivo, a extensão do prazo para a conclusão do documento por um período adicional de até nove meses.
Esta prorrogação visa garantir que os contributos recolhidos durante a consulta pública sejam devidamente analisados antes da aprovação final pela Assembleia Municipal e da posterior publicação em Diário da República.
Inicialmente previsto para ser concluído em 24 meses, prazo que terminaria em março, o PUC resulta de uma parceria entre a Câmara do Porto e a Infraestruturas de Portugal. No entanto, como destaca o vereador do Urbanismo e Espaço Público, Pedro Baganha, a complexidade dos estudos necessários e a necessidade de coordenação entre várias entidades levaram a atrasos que justificam este ajustamento no calendário.
De acordo com a autarquia, o plano tem como um dos seus principais objetivos integrar a nova estação intermodal, transformando Campanhã num polo urbano estratégico para a cidade. Além da melhoria da mobilidade, pretende-se dinamizar a economia local, fixar população e atrair novas atividades económicas.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, já tinha antecipado que a zona envolvente à Estação de Campanhã sofrerá uma profunda transformação a médio e longo prazo, impulsionada pela chegada da linha ferroviária de alta velocidade e por outros projetos estruturantes. Entre as intervenções planeadas pelo município estão a requalificação de escolas e equipamentos desportivos, a modernização dos bairros municipais, a valorização cultural da zona e a expansão do Parque Oriental.
O arquiteto Joan Busquets, responsável pelo projeto, sublinha que Campanhã será um território marcado por uma diversidade de opções de mobilidade e que assumirá um novo papel na cidade, reforçando a sua identidade e funcionalidade.
