António Pedrosa, o diretor desse equipamento, revelou à agência Lusa que o novo sistema teve um investimento de 758.000 euros, comparticipados em 60% pelo programa ON2 Novo Norte, verba que inclui a aquisição do novo dispositivo digital para o auditório do Centro Multimeios, onde o planetário está instalado.
“Esta mudança é uma consequência inevitável da natureza das coisas e da evolução da tecnologia”, disse António Pedrosa, acrescentando que “todos terão que passar por esta alteração, se quiserem acompanhar os tempos, mas, neste momento, este é o primeiro sistema digital a operar no país com esta dimensão e qualidade”.
Com este novo sistema, a abóbada do planetário teve que ser adaptada para receber imagem em todo o seu perímetro, pelo que a parte central da sala é agora constituída por computadores.
“Isso significa, por um lado, que o espetador vai passar a ser totalmente rodeado por imagem em movimento, experimentando a sensação de estar imerso no universo ou de alunar na lua, por exemplo, quando até aqui se limitava a ver o que eram quase ‘ilustrações’ desses espaços ou conceitos”, explicou o diretor do Planetário.
“Por outro lado, o carácter informático do novo sistema de projeção garante-nos acesso a um leque muito maior de conteúdos e isso vai-se refletir na nossa programação, que passará a incluir sessões sobre outros temas para além dos relativos a astronomia”, adiantou.