
Jorge Pinheiro formou-se em Pintura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto com a nota final de 20 valores, ingressando de seguida no seu corpo docente.
Começa a expor em 1954 e a título individual a partir de 1958. Em 1968 junta-se a outros colegas que obtiveram a mesma classificação final de curso, constituindo “O Grupo Os Quatro Vintes” (até 1972).
A sua produção inicial é, segundo nota enviada à imprensa, “marcada pela figuração, que se enquadra, formalmente, no Expressionismo”.
No entanto, depois de duas experiências no estrangeiro, apoiadas pela Fundação Calouste Gulbenkian, a sua produção segue pela via do abstracionismo, “influenciada pelas novas tendências artísticas internacionais – Pop Art, Op Art, ArteCinética e Minimalista”.
As suas obras definem-se, então, por “campos cromáticos” que introduzem uma abordagem mais objectual, lúdica e dinâmica da pintura, que abandona o seu formato tradicional para se desenvolver em formulações variadas.
Ainda nos anos 70, dá-se o “regresso à figuração” em relação com a temática da “religiosidade” e do “misticismo” que acompanha a recuperação da bidimensionalidade da pintura, mas mantendo a cor como elemento determinante da composição ao mesmo tempo que afirma um desenho rigoroso das figuras.
A sua obra tem sido “premiada nacional e internacionalmente”. Entre os diversos prémios constam: Certificat of the International Board for YoungPeople (1973), Prémio Gouvernement Princier de Mónaco (1989) e o Prémio da Associação Internacional dos Críticos de Arte (2003). Em 2002, a Fundação Calouste Gulbenkian organizou uma exposição retrospetiva da sua produção.