O presidente da Associação Pró Maior Segurança dos Homens do Mar, José Festas, defendeu, recentemente, que o secretário de Estado do Mar não domina a arte da pesca, uma vez que não há alternativa à sardinha para as embarcações de cerco. As declarações surgem no dia em que Manuel Pinto de Abreu lembrou aos pescadores que existem outros peixes no mar para além da sardinha.
O responsável da associação afirmou, assim, que se o governante “viesse ao terreno perceber o que é uma traineira (…) entendia que não é possível”, uma vez que os “barcos para sardinha não dão para outra arte”, tal como “uma camioneta para coelhos não leva passageiros [ou] um autocarro não leva porcos”. O responsável frisou ainda que para as embarcações se poderem dedicar a outra arte, que não o cerco, necessitariam de um investimento “muito grande”, a rondar os 120 a 150 mil euros, e de uma nova licença que “ele [secretário de Estado] não dá, porque não tem capacidade”. José Festas lamentou igualmente a redução da quota anual de sardinha para 13.500 toneladas em 2014, considerando que esse limite fará com que as embarcações só consigam trabalhar “dois meses por ano, se tanto”.