
José Eduardo Pinto da Costa, diretor científico do Instituto CRIAP, doutorado em Ciências Médicas, especializado em Psiquiatria e Medicina legal, explicou que “a harmonia biológica dá funcionalidade cerebral” e que “os aspetos que são positivos libertam determinadas substâncias químicas que aumentam a capacidade de sobrevivência das células”.
“Quando estamos com prazer temos um aumento de libertação da dopamina. Portanto queremos repetir o mesmo comportamento para termos dopamina que vai dar prazer. Numa harmonia, isso leva a que a probabilidade de lesão das várias estruturas da célula diminui”, explicou o professor catedrático e médico legista.
Por isso, acrescentou, o pensamento positivo “leva a uma sobrevivência maior” que vai até “sete anos e meio”.
O investigador, que falava numa sessão dedicada à psicologia do medo, inserida num dia de atividades promovido pelo CRIAP – um instituto ligado a áreas como a terapia da fala, o serviço social, a criminologia ou os recursos humanos -, afirmou também que “as pessoas que já experienciaram situações de medo e que conseguiram resolvê-las têm capacidade de sobrevivência maior”.
O fenómeno deve-se à “capacidade para ultrapassar o medo”, disse José Pinto da Costa que considera que “estas temáticas deviam ser mais discutidas pela sociedade”.
“O conhecimento é fundamental para que possa existir liberdade. Sem informação não há conhecimento e sem conhecimento não há liberdade. Por isso é que o CRIAP procurou falar desta questão que é muito atual e em todo o mundo se está a discutir”, disse à agência Lusa o também diretor científico do instituto.