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Pé de Vento deixa de ser a companhia residente no Teatro da Vilarinha

Pé de Vento deixa de ser a companhia residente no Teatro da Vilarinha

A companhia de teatro Pé de Vento deixa de ser, a partir de novembro, a companhia residente no Teatro da Vilarinha, pondo fim a uma parceria com mais de duas décadas.

A União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, no Porto, vai assumir a gestão do Teatro da Vilarinha, que fecha para obras em janeiro, na sequência da saída da Pé de Vento como companhia residente. O presidente da união de freguesias, Nuno Ortigão, explicou à agência Lusa que o objetivo é ter uma programação mais completa e inclusiva, que não exclui o Teatro Pé de Vento.

Segundo Nuno Ortigão, o contrato de cedência das instalações à companhia de teatro Pé de Vento terminou em 31 de dezembro de 2016 e não se renovou, já que a junta entendia que não deveria tomar uma decisão em ano de eleições. Nessa altura, Nuno Ortigão diz ter deixado claro que, “ganhando, seria intenção assumir a gestão do teatro”.

Segundo o diretor da companhia teatral, João Luiz, citado pelo jornal Público, esta intenção foi transmitida deste o primeiro momento, mas só em junho deste ano “lhes foi comunicado que tinham que deixar por completo as instalações”. João Luiz assegura que, depois das obras, a companhia estará disponível para colaborar com o Teatro da Vilarinha.

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O presidente da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde considera que, para cumprir o objetivo de abrir o espaço para novos públicos e novas iniciativas, o teatro terá que ser submetido a uma requalificação de fundo, sendo de esperar que 2020 seja “o ano de arranque de uma programação regular do Teatro da Vilarinha”. “Nós, neste momento, estamos a fazer um levantamento de patologias. Sabemos que é preciso fazer obras no teatro e é preciso adaptá-lo em termos tecnológicos a novas realidades. Por exemplo, o teatro está preparado para o analógico e hoje as coisas são todas digitais, por isso a União de Freguesias terá que encontrar meios para financiar e requalificar o Teatro da Vilarinha totalmente”, afirmou.

A requalificação do teatro será feita com recurso a fundos comunitários e Nuno Ortigão pretende afirmar uma nova imagem do Teatro da Vilarinha como um espaço de cultura, aberto ao teatro, mas também à dança, à música, bem como a outro tipo de iniciativas e companhias, onde se inclui a Companhia de Teatro Pé de Vento. “

De referir que enquanto companhia de teatro residente na Vilarinha, a companhia Pé de Vento realizou 78 espetáculos, incluindo 40 estreias absolutas, 22 espetáculos de repertório com 2300 representações e acolheu 89 grupos, num total de 265 representações.

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