“Tem havido contactos com o Ministério da Agricultura e com o Ministério das Finanças para encontrarmos uma solução que seja apropriada. Reitero aqui que o Governo está inteiramente aberto a reforçar as competências e a autonomia da instituição e, até, em poder acolher uma solução do âmbito mais privado, do ponto de vista do Direito, para a prossecução dos fins do instituto”, salientou, na sua visita ao Porto, a propósito da tomada de posse da nova direção da Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP).
António Saraiva, que foi reconduzido na presidência da AEVP, recordou, no seu discurso, que o setor do vinho está a lutar “há anos” pela alteração do estatuto do instituto, cujo orçamento é “exclusivamente pago” pelas empresas, através de taxas obrigatórias, não sendo, no entanto, aplicado, posteriormente, no setor, mas sim transferido pelo Governo “para fins diversos”. Para o responsável, se a tendência não for alterada, “o Douro e as suas gentes não poderão sobreviver muito mais tempo”, tendo em conta que, na última década, “o setor do Vinho do Porto diminuiu as suas vendas em mais de 14 milhões de garrafas e 53 milhões de euros”.
Quinta-feira 31 Janeiro, 2013