
Vila Nova de Gaia ficará, em breve, dotada de uma rede de parques temáticos, de acesso gratuito, que prometem distinguir-se dos restantes existentes no país pelo seu “carácter multigeracional e inovador”.
No total, a Câmara Municipal liderada por Eduardo Vítor Rodrigues vai construir 12 parques temáticos, sendo que todos eles vão contar “uma história através de uma narrativa própria”, seja a partir dos equipamentos lúdicos e escultóricos escolhidos como do mobiliário urbano e da vegetação.
O objetivo, conforme indicado, é que cada parque deixe uma moral, despertando a curiosidade dos espectadores para a leitura de cada uma das histórias ou temas ou mesmo para um “ensinamento de vida”.
Em causa está um investimento superior a 6 milhões de euros, que se materializa já com a construção, em outubro, do primeiro parque, na Lavandeira, intitulado “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, orçado em mais de 800 mil euros.

“Este parque contemplará dois equipamentos lúdicos e escultóricos, nomeadamente um balão gigante e um avião, sendo este recriado com base no romance de Júlio Verne, como se o mesmo tivesse sido escrito nos séculos XVIII e XX, com enigmas que levarão os usuários reconhecer a narrativa da história original”, avança o município, acrescentando que a história pretende mostrar que, com persistência e coragem, os sonhos podem ser realizados.
No Jardim Soares dos Reis e no do Candal serão instalados, respetivamente, os parques “Pinóquio” e “Abelha Maia” que também têm uma mensagem especial associada. Enquanto o primeiro procurará mostrar aos utilizadores que “o caminho mais fácil raramente é o melhor”, o segundo vai mostrar que “é preciso descobrir o mundo para perceber quem somos”.
A história de “Alice no País das Maravilhas”, “Descobrimentos” e “A Bela e o Monstro” também estarão integradas nesta rede, com parques temáticos instalados, respetivamente, no Jardim do Tempo-Madalena, Avenida Beira Mar-Canidelo e Jardim das Amoreiras. O lançamento do concurso público para o último parque mencionado, segundo a autarquia, só pode ser lançado após o “favorável, a emitir pela DRC-N, por se localizar em área de proteção do Mosteiro de Grijó”.

A estes vão juntar-se ainda os parques “Peter Pan”, no Jardim do Areinho de Oliveira do Douro, “Parque Musical”, no Parque S. Caetano, e “Bela Adormecida”, no Largo Egas Moniz, que estão ainda em “fase de projeto”.
O futuro Parque Rio, a norte do Areinho de Avintes, receberá o maior dos parques temáticos, “Principezinho”, devido à sua dimensão e localização geográfica. Atualmente, aguarda pelo “desenvolvimento da requalificação da II fase do Areinho de Avintes, que se encontra em fase de projeto de execução”.
Destaque também para o parque “Rede Social”, a instalar no Centro Cívico de Arcozelo, que pretende mostrar que se “descobre mais sobre uma pessoa numa hora de jogo do que num ano de conversação” assim como para o “Os Quatro Elementos: Ar, Água, Terra e Fogo”, no Olival. Ainda em fase de estudo, trata-se de um “parque peculiar que pretende chamar a atenção para as alterações climáticas”.
Com esta rede de parques temáticos, o município gaiense pretende “estimular a interação multigeracional, com acessibilidades para todos, contribuindo para a melhoria da saúde e da qualidade de vida dos seus utilizadores e satisfazendo as necessidades de recreio e de lazer de crianças e respetivas famílias”.