A obra apresentada consiste em várias estruturas de tijolo tamanhos diversos situadas na Clareira dos Teixos, pontuadas por vegetação que se irá desenvolver – ou morrer – à medida que o tempo e as estações forem avançando. A apresentação desta estrutura no Parque está integrado no projeto Sonae/Serralves.
Na apresentação de “Parque de Vento Opaco em Seis Dobras”, a artista coreana começou por pedir desculpas por ter “sido tão difícil com tanta gente”, acrescentando que “quase não há narrativa”, frisando o “opaco” do título do projeto, que deriva de uma noção do poeta Edouard Glissant, segundo quem todos têm “direito a ser opacos” em vez da transparência que Haegue Yang atribui ao pensamento político neoliberal.
A diretora do museu de Serralves, Suzanne Cotter, sublinhou os trabalhos expostos ao ar livre em Serralves e destacou o facto de os dois últimos projetos terem sido atribuídos a artistas femininas, o que é “excelente para tornar mais igualitária a programação”.
Sobre a vegetação inserida na obra, Haegue Yang disse considerá-la parte de “algo selvagem” e lembrou que “parte dela poderá morrer”, consoante o evoluir do clima.