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Para Rui Moreira, o “Infarmed nunca vai sair de Lisboa”

Para Rui Moreira, o “Infarmed nunca vai sair de Lisboa”

O presidente da Câmara do Porto disse esta segunda-feira estar completamente convencido de que o Infarmed vai permanecer em Lisboa e de que não virá para o Porto e de que este é um sintoma de que “o poder político sucumbiu à máquina do Estado”.

“A cidade do Porto e o presidente da Câmara do Porto nunca pediram nada ao Governo quanto à eventual deslocalização do Infarmed para a cidade”, assinalou Rui Moreira à entrada de um jantar-debate promovido pela associação cívica “Porto, o Nosso Movimento”, na Fundação Cupertino de Miranda.

O autarca recordou que, em novembro do ano anterior, foi confrontado com um telefonema do primeiro-ministro e, posteriormente, do ministro da Saúde, dando conta que o Governo, “após uma avaliação política e suponho que também técnica”, havia tomado a decisão de transferir o Infarmed para o Porto.

Nesse sentido, foi solicitado ao presidente da Câmara que o Município prestasse todo o apoio para que a transferência ocorresse, de modo a que “os serviços principais do Infarmed estivessem instalados na cidade a 1 de janeiro de 2019”. Naturalmente, recordou Rui Moreira, todo o apoio foi prestado.

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Depois desse pedido governamental, a que o Porto não se furtou, foi criada uma comissão técnica, composta por 27 especialistas, entre os quais muitos ex-quadros do Infarmed e até seus ex-presidentes. Aliás, quem presidiu à comissão foi Henrique Luz Rodrigues, ex-presidente do Infarmed. A Câmara do Porto, recordou Rui Moreira, não integrou a comissão, cingindo-se à cooperação na prestação de informações que lhe foram sendo solicitadas.

Dessa Comissão, lembrou o presidente da Câmara do Porto, concluiu-se em julho que o Infarmed ficava melhor no Porto.

“Pelos vistos agora, alguma coisa mudou”, revelou.

Quanto ao anúncio feito na passada sexta-feira pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, no Parlamento, que soube através da comunicação social, Rui Moreira não tem dúvidas de que “o poder político sucumbiu à máquina do Estado”.

Neste processo, Rui Moreira diz que não pretende pedir explicações ao Governo, porque tudo está explicado. “Promessa dada, promessa não honrada”, até porque, concluiu, “tudo como dantes, quartel-general em Lisboa”.

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