“Entre nomes consagrados e novos valores”, a Casa da Música, no Porto, vai ser palco de 11 concertos onde “todas as tendências do jazz são bem-vindas”. Trata-se da sétima edição do “Outono em Jazz”, que decorre de 10 de outubro a 4 de novembro.
“Algumas das propostas mais vibrantes da atualidade” vão marcar presença no festival que “continua a revelar a melhor música que se faz sob a capa abrangente de um género marcado pelo culto da improvisação e da inovação”, lê-se na página da Casa da Música.
“Entre nomes consagrados e novos valores, todas as tendências do jazz são bem-vindas”, acrescenta.
O “Outono em Jazz” arranca com o quarteto de Martin Sued, pelas 22h de quinta-feirs, 10 de outubro, no Café da Casa da Música, com o compositor e músico argentino a atuar num grupo em nome próprio, com que editou o disco “Iralidad”, depois de interpretar o bandoneón (um tipo de concertina popularizado na Argentina) no Tatadios Cuarteto, no duo Sued-Nikitoff e no Chiche Trio.
Para o dia 13 está programada a atuação do norte-americano Theo Croker, um dos novos talentos do trompete, que leva à Casa da Música “Star People Nation”, disco lançado este ano e que será apresentado com Shekwoaga Ode (bateria), Eric Wheeler (baixo) e Michael King (teclados).
A celebrar 50 anos, o Art Ensemble de Chicago está em digressão internacional e estreia-se na Casa da Música no dia 15 de outubro, com dois ‘resistentes’ da formação original, Roscoe Mitchell e Don Moye. A atuação é antecedida pelo concerto de Ilhan Ersahin, músico natural da Suécia que fez das sessões em Istambul, a explorar o jazz e funk a partir da música turca, o principal corpo de trabalho.
No dia 17, o saxofonista brasileiro Esdras Nogueira reinterpreta o álbum “Transa”, lançado por Caetano Veloso em 1972, num espetáculo intitulado “Em Transe”, que junta a música brasileira ao jazz mas também ao afrobeat.
No dia 20, o coletivo brasileiro de choro Água de Moringa junta-se ao pianista Carlos Fuchs. Nesse dia atua também o quinteto do contrabaixista polaco Wojtek Mazoleweski.
Segue-se, no dia 22, novos sons brasileiros, com um grupo que celebra 60 anos de bossa nova e a dupla João Cavalcanti e Marcelo Caldi.
No dia 24, o “Outono em Jazz” apresenta o grupo ucraniano Pokaz Trio, liderado pelo pianista Andrei Pokaz, acompanhado pelo baixista Yevgeny Myrmyr e o baterista Serhii Balalaiev. O projeto “promove viagens musicais onde o jazz se cruza com a música clássica, a world e a eletrónica”.
A 27, é a vez do trio de Rabou Abou-Khalil, Joachim Kühn e Jarrod Cagwin, uma mistura de sons do Líbano, Alemanha e Médio Oriente, revisitando o disco de 2004 “Journey To The Centre of an Egg”.
A primeira parte está reservada para um nome português: Ricardo Toscano lidera um trio completo com Géraud Portal e Ali Jackson
Para o dia 30 está agendada a atuação do guitarrista Manuel de Oliveira, primeiro, e do quarteto de Rodrigo Amado, depois, acompanhado por Joe McPhee, Kent Kessler e Chris Corsano.
No dia 31 de outubro, a Casa da Música recebe o casal russo Oleg Butman e Natália Smirnova, que trazem o disco de 2017 “Moment of Happiness”, mais próximo do swing e com Smirnova a juntar a voz ao piano.
O ciclo encerra pelas 21h30 de dia 4 de novembro com a atuação de Mark Guiliana, líder da banda Beat Music, e um dos principais bateristas do mundo, “admirado e solicitado para todo o espectro do jazz ao rock e música eletrónica pela sua sofisticação rítmica, impulso criativo e identidade sonora”.
