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Observatório quer resolver problema de excesso de peso das mochilas

Observatório quer resolver problema de excesso de peso das mochilas
São 13 as medidas apresentadas esta quinta-feira por investigadores do Observatório dos Recursos Educativos, sediado no Porto, que visam ajudar a resolver o problema do excesso de peso das mochilas escolares.
A atribuição de um cacifo por aluno é uma das medidas contempladas no trabalho realizado pelos investigadores Adalberto Dias de Carvalho e Nuno Fadigas, bem como a atribuição de uma sala fixa por turma, de modo a diminuir as deslocações na escola com a mochila, a organização de horários capazes de minimizarem as solicitações de material escolar por dia e envio, no início do ano letivo, de uma lista com todo o material escolar necessário para as aulas e que corresponda a uma previsível utilização efetiva bem como o seu escalonamento temporal.
Os investigadores lembram que o excesso de peso das mochilas escolares – que “não raras vezes” apresentam um peso superior ao que é clinicamente recomendado (10% a 15% do total do peso corporal, entre crianças e adolescentes) – contribui para a ocorrência de problemas de saúde de crianças e jovens, designadamente dores nas costas, alterações na marcha e postura deficiente, conforme conclusões de diversos estudos, designadamente da Organização Mundial de Saúde.
Intitulado “O Peso das Mochilas Escolares: contributos para uma reflexão fundamentada”, o trabalho recomenda também a organização de horários capazes de minimizarem as solicitações de material escolar por dia e a implementação de orientações formativas, designadamente no contexto da área não curricular de educação para a saúde, com vista ao esclarecimento dos alunos acerca da boa forma de organizar e transportar as mochilas.
Segundo a agência Lusa, a monitorização do peso das mochilas através da disponibilização de uma balança por sala para autorregulação pelos alunos e informação para os encarregados de educação, quando necessário, relativamente ao eventual excesso de peso das mochilas e a divisão dos manuais escolares em fascículos, sempre que o seu peso ultrapasse o limite a definir para cada ano de escolaridade, e aprofundamento do recurso, quando necessário e possível, a papel de gramagem mais leve, são outras propostas.
Os investigadores defendem ainda o aumento das horas da área não curricular de Estudo Acompanhado e aperfeiçoamento da sua metodologia com vista a uma contenção razoável dos trabalhos de casa e a regulamentação da valorização prioritária dos aspetos ergonómicos pelos fabricantes de mochilas.
O estudo realizado por Adalberto Dias de Carvalho e Nuno Fadigas aponta ainda que existe um conjunto de condicionantes a ponderar, nomeadamente “material escolar excedentário, peso dos manuais escolares, incorreta distribuição do peso no interior da mochila e inadequada colocação da mochila e das respetivas alças”.
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