
“O projeto de arquitetura está pronto, agora temos de avançar com as especialidades e, depois, abrir um concurso público internacional, por isso, as obras vão demorar sempre mais de um ano a arrancar”, disse o autarca, durante a apresentação do projeto.
O novo espaço, com um investimento de 10 milhões de euros, terá dez valências: uma “Área de Empresas Criativas e Tecnológicas”, “Museu da Indústria”, “Arte e Comunidade”, “Reserva de Arte Contemporânea”, “Nave-multiusos”, “Laboratório de Gastronomia”, “Estúdios Média e Audiovisual”, “Artes e Ofícios Tradicionais”, “Polo de Desporto” e “Residências Artísticas”.
O projeto para o equipamento contempla “uma passagem privilegiada e ligação ao metro para servir visitantes, trabalhadores e a população residente na zona da Corujeira” e um “novo atravessamento pedonal entre a Via de Cintura Interna (VCI) e a linha de caminho de ferro”.
Desativado há mais de 20 anos, o antigo Matadouro Industrial de Campanhã está implantado num terreno com 29 mil metros quadrados e resulta de um projeto aprovado em 1910 pela Câmara do Porto
Segundo Rui Moreira, este projeto “cola três partes do triângulo prioritário para a cidade” que é a economia, cultura e coesão social, no qual os portuenses “confiaram”.
“Queremos que este espaço, que equivale a três campos de futebol, passe a ser uma rua do Porto onde as pessoas passem, estejam ou pratiquem atividades”, avançou o autarca.
Um terço do edifício será dedicado a empresas, algo que, para Rui Moreira, “vai trazer gente, trabalho e emprego”.
Rui Moreira frisou que o executivo “sabia que não queria vender, nem demolir o matadouro”, tendo sido esta uma opção que vai beneficiar a cidade.
O presidente da Junta de Freguesia da Campanhã, Ernesto Santos, afirmou que um projeto “desta grandeza” não pode ser visto como apenas local, mas numa “dinâmica de cidade”.