Intervenção recomeçou entre o Colégio do Rosário e a Fonte da Moura
As obras da segunda fase do Metrobus do Porto voltaram ao terreno esta semana, com intervenções entre o Colégio do Rosário e a Fonte da Moura, no troço da Avenida da Boavista. A confirmação foi dada pela Metro do Porto, que indica que os trabalhos decorrem “no troço já iniciado entre o Colégio do Rosário e [a Avenida do Dr.] Antunes Guimarães”.
Paragem técnica e reavaliação do projeto
A empreitada tinha sido suspensa em outubro, depois de a Metro anunciar uma “paragem técnica temporária” para proceder a uma análise mais detalhada do projeto. Nessa altura, a empresa explicou que a decisão visava “assegurar a defesa do interesse público” e garantir uma avaliação “cuidadosa” da obra, respeitando “os compromissos existentes” e “o bem-estar dos cidadãos”.
Polémica e contestação política
A fase II do Metrobus arrancou a 22 de setembro, abrangendo o corredor Bus Rapid Transit (BRT) da Boavista, entre a Rua Jorge Reinel e a Avenida do Dr. Antunes Guimarães. O arranque gerou críticas de moradores e forças políticas, sobretudo devido ao abate de árvores necessário à execução do traçado.
A Assembleia Municipal do Porto aprovou uma moção de “profunda indignação” pelo avanço dos trabalhos sem resposta aos pedidos de esclarecimento feitos à administração da Metro.
Metro garante luz verde da Câmara
Em carta enviada ao presidente da Assembleia Municipal, a Metro do Porto garantiu que o início da intervenção foi devidamente autorizado: “O início dos trabalhos no terreno obedeceu à devida tramitação de autorização pelos serviços municipais competentes (…) em claro cumprimento dos requisitos legais e com evidente conhecimento e aprovação da Câmara Municipal do Porto.” (via Renascença)
Na mesma altura, o então presidente da Câmara, Rui Moreira, esclareceu que a emissão da licença “não é um ato político, é um ato prático”, explicando que o município apenas autorizou a “ocupação do espaço público”, sem poder travar a empreitada.
Novo traçado poderá poupar 86 árvores
A Câmara do Porto tinha já pedido, em abril, uma alternativa de traçado a poente da Boavista que preservasse a ciclovia e as árvores existentes. Em maio, Pedro Duarte, agora presidente da autarquia, defendeu a mesma solução através de uma petição pública.
A Metro do Porto confirmou que o novo traçado está a ser projetado, permitindo poupar 86 árvores, embora com possível impacto no tempo de viagem anunciado.
Primeira fase concluída e veículos prontos
O Metrobus ligará a Casa da Música à Praça do Império em cerca de 12 minutos e à Anémona em 17 minutos, com autocarros movidos a hidrogénio. Os veículos já se encontram entregues, mas o serviço ainda não entrou em funcionamento.
Enquanto se aguardam os ajustes finais, o canal reservado da Boavista tem sido utilizado por ciclistas e trotinetes.